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As versões Wolseley (fotos) e Van den Plas ofereciam interior mais requintado, motor 10 cv mais potente e opção de direção assistida

Na Austrália, que aprecia picapes derivados de automóveis, o 1800 também teve sua variação; lá era usado motor de 2,2 litros e até 115 cv

Versão especial: a Estate da Crayford, com uma ampla quinta porta

Suas vendas iniciais foram tímidas, pois a concorrência tinha produtos muito interessantes na Europa. Nesta faixa concorria com os alemães Audi, BMW 1600 e Opel Rekord; os italianos Lancia Flavia 1,8 e Fiat 2300 Lusso; o anglo-alemão Ford Taunus 20 MTS e os franceses Panhard 24 B, Peugeot 404 e Renault 16.

No ano seguinte começava a produção do 1800 na Austrália, onde foi batizado como Austin Tasman e Kimberley, conforme o acabamento. Ambos usavam motor de seis cilindros em linha e 2.227 cm³, mas o primeiro tinha potência de 100 cv e o segundo, com dois carburadores, de 115 cv. E de lá veio um apelido que chegou à Inglaterra: Land Crab, ou caranguejo da terra, por causa dos faróis grandes nas extremidades. Interessante que nesse país foi fabricada uma versão picape entre 1968 e 1971.

Também em 1968 era apresentado um estudo projetado pelos italianos, chamado BMC 1800 Pininfarina, mas a empresa não se interessou. Quem gostou das linhas e as aplicou foi a Citroën, nos modelos GS e CX. No mesmo ano o Austin era remodelado e ganhava a designação Mark II, ou segunda série no modo inglês de identificação. A grade dianteira ganhava pequenos retângulos cromados e na versão Saloon — sedã na denominação britânica — a traseira era mais pronunciada, tornando-o um verdadeiro três-volumes. Mas o estilo estava um pouco estranho e desproporcional. O câmbio manual vinha com alavanca no assoalho e como opcional havia um automático.

Vinha também uma versão mais luxuosa da casa Van den Plas, com grade retangular e faróis circulares duplos. Era distinta e bem mais elegante que o irmão mais simples. Em seguida, como sempre era prática no grupo, a Wolseley apresentava a sua variação, com a grade peculiar em forma de escudo. Ganhava novidades discretas na grade e nos pára-lamas e o motor trazia 10 cv a mais e torque pouco mais alto. A velocidade final passava a 155 km/h, os pneus trocavam o aro para 14 pol e havia opção de direção assistida.

Em 1970, um grande acontecimento no mundo automobilístico foi o Rali da Copa do Mundo. Os carros saíram do famoso Estádio de Wembley, em Londres, em 19 de abril e percorreram boa parte de cidades européias até embarcar em Lisboa, Portugal, para o Rio de Janeiro. Passaram por vários pontos da América do Sul e da Central até chegar à Cidade do México em 27 de maio, após 25.750 quilômetros. De mais de 100 carros participantes, só 23 chegaram. E um 1800 preparado pela fábrica, de cor vermelha com teto branco, com dois estepes sobre ele e faróis auxiliares, chegou num honroso 11º lugar. Tinha poucas modificações mecânicas em relação ao original. Antes deste rali, já tinha mostrado sua eficiência e robustez na dura Maratona Londres-Sidney, em que percorreu mais de 16.000 km entre a Inglaterra e a Austrália.

Em abril de 1973 estreava na versão inglesa a opção do motor de seis cilindros e 2.227 cm³, em posição longitudinal. Este propulsor mais moderno tinha comando de válvulas no cabeçote e era servido por dois carburadores de corpo duplo. Com 110 cv e 17,5 m.kgf, a velocidade passava a ser de 160 km/h. A BMC nunca fez uma versão perua do 1800, mas a empresa independente Crayford elaborou a Estate, que mantinha o formato de dois volumes e meio, mas adotava ampla porta traseira e oferecia a opção de remover o banco de trás.

Ao todo foram produzidas cerca de 210.000 unidades na Inglaterra, Austrália e Nova Zelândia deste fracasso comercial do grande Issigonis e da casa Pininfarina. Cedeu seu lugar ao Princess em 1975.

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