Muito além do Opala

Conhecido aqui por ter dado origem a um modelo nacional, o
Opel Rekord acumulou uma trajetória de mais de 30 anos

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Quando Adam Opel fundou sua fábrica, em 1862, o automóvel ainda não existia. O objetivo desse alemão era construir máquinas de costura, bicicletas e outras utilidades. A produção de carros só começou em 1899, por meio de um contrato firmado entre os filhos de Adam e o fazendeiro Friedrich Lutzmann, da cidade de Dessau. A pequena fábrica foi erguida em Rüsselsheim para produzir o modelo Lutzmann.

Em 1901 os Opels mudavam de parceiro, unindo-se ao francês Alexandre Darracq, cuja marca levava o sobrenome do proprietário. Passaram a produzir os automóveis dessa empresa e a vendê-los com a marca Opel-Darracq. Já no ano seguinte nascia o primeiro fruto de um projeto da Opel, o 10/12 hp. O crescimento foi rápido e a passos largos. Quatro anos depois já havia 1.000 automóveis da marca circulando. Em 1914 a Opel era o maior fabricante alemão e, no início da década seguinte, o primeiro a ter uma linha de montagem.

O prenome Olympia, usado no primeiro carro da Opel após a guerra, foi mantido no primeiro Rekord, em 1953, apenas no mercado alemão

Em 1929 a empresa era adquirida pela General Motors americana, abrindo novos campos para a criação de sucessos como o Olympia (1935), o Kadett (1936) e o Käpitan (1939). Então vinha a Segunda Guerra Mundial, a destruição da fábrica e a transferência do que restou aos russos, como espólio de guerra. Mas a recuperação foi rápida e já em 1946 os caminhões Opel Blitz voltavam a sair das instalações de Rüsselsheim, seguidos no ano seguinte pelo Olympia. Em 1950 a produção já alcançava 100.000 unidades no ano: a Opel havia renascido.

A estrela da classe   Enquanto os antigos modelos do pré-guerra eram mantidos em produção, a empresa desenvolvia um sedã moderno para suceder ao Olympia. Em 1953 estreava no mercado alemão o Olympia Rekord, anunciado como "a estrela de sua classe" pela publicidade. O sedã de duas portas media 4,24 metros de comprimento e 2,49 m entre eixos — mesma medida de um Corsa atual, o que dá idéia de como os carros ficaram maiores com o tempo.

As formas arredondadas lembravam modelos americanos da época, mas com motores menores, de 1,5 e 1,7 litro; a perua Caravan era lançada um ano depois

Seu estilo não escondia a inspiração nos modelos americanos da época, com o capô e a tampa do porta-malas arredondados e mais altos que os pára-lamas, ampla área de vidros, um perfil alto (media 1,55 m) e ampla grade que tomava quase toda a largura da frente. O prenome Olympia era usado apenas no país de origem: para o restante da Europa ele era simplesmente o Rekord. No interior, o painel adotava um velocímetro de escala horizontal; o grande volante branco tinha um aro para comandar a buzina e a alavanca de câmbio estava na coluna de direção. Continua

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Data de publicação: 6/8/05

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