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Carros do Passado

Do "Passat da Audi" à perua
mais rápida do mundo

Nascido em 1972 com grande semelhança ao médio da
VW, o Audi 80 evoluiu e deu origem à fantástica RS2

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

As quatro argolas que hoje conhecemos bem não nasceram apenas para a Audi. A empresa alemã Audi, pertencente ao Grupo Volkswagen AG (AG é S.A. em alemão) desde 1969, era uma das quatro da Saxônia -- Audi e Horch em Zwickau, Wanderer em Chemnitz e DKW em Zschopau -- que se fundiram em 1932 sob o nome de Auto Union, fusão esta simbolizada pelas argolas. Uma delas, a Horch, fora fundada em 14 de novembro de 1899 por August Horch, que após dois anos construía seu primeiro carro.

O precursor: em 1965 a marca Audi voltava ao mercado com um sedã quase gêmeo do DKW F102, só que com motor a quatro tempos de 1,7 litro

Em 1909 Horch entrava em conflito com executivos da empresa e decidia deixar a A. Horch & Cie. Motorwagen-Werke AG para se dedicar a outro negócio. Logo abria a Horch Automobil-Werke GmbH (GmbH corresponde a Ltda. em português), do lado oposto da mesma rua, mas perdia o direito legal ao uso do próprio sobrenome na empresa. A solução foi adotar a tradução latina para Horch, que significa "escute": Audi. Em 25 de abril de 1910 era inaugurada a Audiwerke GmbH. Em 1969, a soma da NSU, de Neckarsulm, viria a compor a atual Audi AG, que manteve o carismático logotipo da Auto Union.

Desaparecido desde a Segunda Guerra Mundial, o nome Audi retornou ao mercado em 1965, com um sedã quatro-portas de tração dianteira e motor 1,7-litro de quatro tempos, com comando de válvulas no bloco e 72 cv, baseado no DKW F102 e denominado apenas Audi. Logo haveria cinco modelos identificados pela potência do motor: Audi L (72 cv), 60, 75, 80 e Super 90, além da perua Variant. O sedã 100 chegava em 1968 descartando a lógica dos números, já que tinha apenas 80 cv.

O primeiro Audi 80: duas portas, três volumes bem definidos, motores de 1,3 a 1,6 litro, comportamento dinâmico muito bom para seu tempo

Quatro anos depois, em julho de 1972, era a vez de um Audi de tamanho médio, com linhas e mecânicas modernas, que estabeleceria conceitos de estilo e motorização tanto dentro da marca quanto no Grupo VW: o 80. Com código de projeto Type 82, criado pelo desenhista-chefe Ludwig Kraus, era um três-volumes de duas portas, formas equilibradas e retilíneas e dois ou quatro faróis redondos sobre a grade preta.

Os brasileiros logo reconhecerão nele o Passat dos anos 70, o que se justifica: eram versões da mesma carroceria, primeiro caso do gênero entre a VW e a Audi (saiba mais). Sua plataforma, conhecida como B1, daria origem a versões três-volumes de duas e quatro portas (Audi 80), fastback de duas, três, quatro e cinco portas (VW Passat) e perua de cinco portas. Esta era exclusiva da linha Passat na Alemanha, mas foi vendida como Audi Fox Wagon nos EUA e chegou a mercados como o inglês como Audi 80 Estate.

O K70, projeto de sedã com motor dianteiro refrigerado a água que a VW assumiu com a compra da NSU: inspiração evidente para a Audi

O Passat da Audi   A marca de Ingolstadt, cidade alemã a norte de Munique, havia se baseado no K70, projeto de sedã com motor dianteiro arrefecido a água e tração dianteira que a Volkswagen assumira com a compra da NSU. Com 4,4 metros de comprimento, oferecia amplo espaço interno e um bom porta-malas de 435 litros. A concepção mecânica era simples mas moderna. Continua

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Data de publicação deste artigo: 21/9/02

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