O motor do CX era montado em posição transversal, com inclinação de 30° à frente, uma novidade na casa. Mas era um velho conhecido dos franceses e neste aspecto não entusiasmou muito. Com 1.985 cm³, comando de válvulas no bloco e um carburador de corpo duplo, fornecia a potência de 102 cv e o torque máximo de 15,5 m.kgf. Era o mesmo do DSuper. A fábrica anunciava 174 km/h de velocidade final. Como em todos os modelos da linha, incluindo o furgão Tipo H, a tração era dianteira. A caixa, com alavanca no assoalho, tinha quatro marchas.

Embora os motores iniciais tivessem pouco mais de 100 cv, o CX andava muito bem com seu perfil aerodinâmico; a suspensão hidropneumática o deixava ainda mais estável que o DS

Também era oferecida a versão 2200. O motor passava a 2.175 cm³, 112 cv e 17 m.kgf. Um pouco mais rápida, atingia 180 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos. A carroceria monobloco era apoiada em longarinas. A suspensão independente hidropneumática, aperfeiçoada do DS, garantia uma estabilidade ainda melhor que a deste último. Podia até mesmo rodar com segurança caso um dos pneus estourasse. Tinha o famoso corretor de altura, que a mantinha constante em relação ao solo, e admitia regulagem por uma pequena alavanca no console.

Os freios eram a disco nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados. Como no DS, o eixo dianteiro era mais largo que o traseiro: na frente a bitola era de 1,474 m, e atrás, de 1,36 m. Não menos curioso, os pneus tinham medidas distintas: na frente 185-14, na traseira 175-14. Estes últimos vinham ligeiramente encobertos por um painel metálico.

A posição transversal, com inclinação à frente para um capô mais baixo, era novidade em um Citroën; o estepe sob o capô liberava mais espaço para a bagagem

O CX vinha enfrentar vários carros de porte médio-grande. Seus alvos principais eram o conterrâneo Peugeot 504 TI, o alemão BMW 520 e o inglês Rover 2200 TC. Outras opções na classe eram os germânicos Audi 100, Mercedes-Benz 250, Opel Rekord (também o Senator a partir de 1978) e Ford Taunus; o inglês Ford Granada, o sueco Volvo série 200 e o italiano Fiat 131. Em 1975 ganhava da imprensa européia o título de Carro do Ano, deixando o segundo lugar para o Golf da Volkswagen. Também ganhava nos Estados Unidos o prêmio Style Award e na França o Prêmio de Segurança. O carro começava a vender bem e entusiasmar a empresa. Continua

Em escala

A francesa Solido fez um CX (acima) na escala 1:43 que podia receber três decorações diferentes: cor preta, azul ou laranja. Os adesivos remetiam a equipes de rali da época. Todos tinham quatro faróis auxiliares na frente, eram bem detalhados no resto da carroceria e também no interior. Uma bela peça.

Como sempre, os modelos da alemã Minichamps são um primor. O sedã verde e a perua bege (acima) destacam-se pela riqueza dos detalhes. Na escala 1:43, trazem antena no teto, retrovisores, calotas cromadas, faróis transparentes imitando vidro e pára-choques muito realistas. A perua tem teto solar.

A Majorette francesa nos anos 80 produziu uma miniatura da primeira série. Na escala 1:60, vinha na cor dourada ou prateada, era bem acabada e detalhada. A inglesa Matchbox fez uma versão da CX Break na escala 1:64. Na versão de cinco portas, vinha na cor azul.

A Verem de Portugal fez uma versão da perua CX (acima) na escala 1:43. Muito bonita, era da polícia francesa, azul com adesivos.

Outros fabricantes de destaque como Universal Hobbies (acima), Wheeler Toys, Playart, Yat Ming e Mira prestigiaram a marca com belas réplicas em metal.

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