Nesse mesmo ano chegava a perua, que media 4,90 metros de comprimento e 3,09 m de entreeixos. A partir da metade do vidro lateral traseiro, tinha o teto levemente mais alto. Diferente do sedã, trazia três bancos traseiros individuais rebatíveis e, como opcional, um terceiro banco inteiriço atrás deles, em um total de oito lugares. A área envidraçada era ótima e a capacidade de carga também. Impressionava pelo tamanho e espaço. A abertura da tampa traseira era ampla. Atraiu muito mais a clientela do interior do que a de Paris, justamente por seu gabarito pouco metropolitano. Por causa da suspensão, não se intimidava no fora-de-estrada.

Estranha aos olhos, mas muito funcional, a perua CX tinha o teto mais alto e maior distância entre eixos que o sedã, para levar até oito ocupantes

Novas opções   Montada na estrutura mais longa da perua chegava a versão de luxo do modelo sedã, denominada Prestige. O acabamento era esmerado e recebia de série ar-condicionado, bancos de couro e controle elétrico dos vidros. Por fora trazia mais cromados, calotas com novo desenho, moldura das colunas traseiras em aço escovado e teto de vinil, que ocultava a emenda na chapa do teto. Bem-vindo era o sistema de direção assistida Diravi para toda a linha, o mesmo do cupê SM. Muito preciso em alta velocidade, tinha uma só uma volta de batente a batente, novidade a que vários motoristas demoraram um pouco a se acostumar.

Em 1977 o CX recebia duas novas motorizações. Uma que agradaria em cheio era a movida a diesel, o primeiro automóvel da marca a usar este combustível. Com 2.175 cm³, tinha modestos 66 cv e o torque de 12,8 m.kgf. Não andava muito — velocidade máxima de 146 km/h —, mas oferecia robustez e economia, importante naqueles tempos de petróleo caro. Podia equipar as novas versões Normal e Super e logo se tornaria responsável por 55% das vendas da gama. Havia também versões superiores, como a Pallas, que tinha acabamento pouco mais modesto que o da Prestige. Ambas podiam receber o motor 2400, um aperfeiçoamento do básico. Com cilindrada de 2.347 cm³, gerava 115 cv e 18,3 m.kgf. Esse CX recebia pneus radiais e chegava a 185 km/h.

Com motor de 2,4 litros e 128 cv, o GTI era um CX bem mais picante: chegava a 192 km/h

Outra estréia bem-recebida era a versão 2400 GTI. Tinha debaixo do capô 128 cv, com caixa de cinco marchas e velocidade final de atraentes 192 km/h. Distinguia-se das demais pelas rodas de alumínio de estilo esportivo, frisos pretos, cores metálicas mais vivas e um pequeno defletor traseiro. Os bancos de couro vinham em duas cores, o que dividia opiniões. Também para todas as versões havia, como opcional, o teto solar com controle elétrico. Continua

Nas pistas
O CX começou sua carreira nas competições em ralis regionais de média e grande importância na França. Mas logo partiu para empreitadas internacionais. No Rali de Monte Carlo de 1978, três versões a diesel competiram numa equipe feminina.

No continente africano o CX fez bonito: venceu o Rali do Senegal em 1977, 1978 e 1979 e no ano seguinte também triunfou no Marrocos. Ganhou vários ralis franceses na terra, honrando sua suspensão, robustez e estabilidade. Competiu também no severo Paris-Dacar (da França ao Senegal, na África) de 1983, em uma versão com tração integral e motor de 190 cv.
Para ler
Citroën CX: Une Lignée Prestigieuse (Uma Linhagem Prestigiada) - por Dominique Pagneux, editora ETAI. Narra a história de 15 anos deste fabuloso carro francês. Com 176 páginas em francês, 250 fotos coloridas e 100 em preto e branco, vem com capa dura que mostra um belo CX Prestige em frente a um prédio de luxo.

La CX de Mon Père - por M. A. Colin, editora ETAI. Na famosa série "o carro de meu pai" não poderia faltar este exemplar. Tem 120 páginas e capa dura. Como sempre, conta-se a história desde o projeto até o fim da produção,
com testes da época, fotos e depoimentos dos donos. Obra de muita qualidade.

La Fête des Limousines (A Festa das Limusines) - editora Door Autonostalgia. Com 120 páginas, conta a história dos Peugeots 505 e 604, dos Renaults 20 e 30 e dos Citroëns CX e XM. Faz uma comparação dos topos de linha das décadas de 70, 80 e 90 na França. Muito interessante.

Quatre Saisons - Citroën CX
. São 56 páginas de fotografias em cores, cujo fotografo é André Martin. Os textos em francês são dele, e em inglês, de J. Wolgensinger. Editado em 1979.

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