O motor PRV, um V6 de 2,7 litros e 140 cv projetado em uma parceria da Volvo com a Peugeot e a Renault, era o destaque da versão 264

Faróis retangulares (quatro menores para o mercado norte-americano, como na última foto) diferenciavam o 264, que vinha mais bem-equipado

Para-choques com amortecimento, bolsas infláveis e motor projetado para descer: recursos do conceito VESC de 1972, que inspirou o 244

Mecânica confiável   Outra novidade do carro era o motor de quatro cilindros, com cabeçote em alumínio, cilindrada de 1.986 cm³, comando de válvulas no cabeçote acionado por corrente, potência de 88 cv e torque de 16 m.kgf. Com carburador, tinha câmbio de quatro marchas, outra caixa com sistema overdrive e, como opcional, uma automática Borg-Warner com três velocidades. A tração era traseira, a velocidade máxima era de 150 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 13 segundos. A suspensão tinha esquema McPherson à frente e eixo rígido com barra Panhard atrás, sempre com molas helicoidais. Usava pneus 165/80 R 14 em rodas de aço com calotas cromadas e tinha freios a disco nas quatro rodas de série, item raro na época em sua categoria.

Acima dele, equipando as versões 242 e 244 DL, havia o motor de 2.127 cm³ com carburador, 97 cv e 17,3 m.kgf. Mais rápida e eficaz era a versão GLE alimentada por injeção, com 123 cv e o mesmo torque, que levava o automóvel a 170 km/h e de 0 a 100 em 12,5 segundos — desempenho satisfatório para um sedã familiar. A grade dianteira era ligeiramente diferente e os pneus passavam à medida 185/70 R 14. A direção podia ser assistida como opcional. O aço empregado na carroceria era de ótima qualidade. Os para-barros eram muito úteis em países com neve, mas não muito bonitos. Para quem não os quisesse, bastava desparafusar.

O modelo topo-de-linha 264 distinguia-se dos outros pela grade cromada retangular, com frisos cromados verticais, e tinha também o friso diagonal com o emblema da marca mais alto e à direita que nos demais. Seus faróis eram retangulares e podiam receber limpadores, também pensados para o uso na neve. Ladeando-os ficavam as luzes de direção em cores âmbar e branco. Para os EUA os faróis eram quatro e menores. Pintura metálica, ar-condicionado, vidros verdes, direção assistida e bancos de veludo vinham de série e havia ainda as opções de teto solar e revestimento em couro. O melhor estava debaixo do capô: o novo motor com seis cilindros em “V” a 90° e 2.664 cm³ chamado PRV (Peugeot-Renault-Volvo), projeto conjunto das três marcas que também equipava o Peugeot 604 e o Renault 30. Todo em alumínio, tinha duplo comando no cabeçote e injeção mecânica.

O projeto original era de um V8 — por isso o ângulo de 90° entre as bancadas —, mas devido à crise do petróleo de 1973 as três empresas optaram por seis cilindros. Dispunha de 140 cv e 20,8 m.kgf e podia receber a caixa manual de cinco marchas ou a automática Borg-Warner com quatro velocidades. Adequado ao peso de 1.380 kg do sedã, resultava em máxima de 170 km/h e 0-100 em 12 segundos.  O propulsor era muito bom e equiparia vários modelos posteriores, como os Renaults 25, Safrane, Laguna, Avantime, a minivan Espace e os esportivos Alpine A310, A610 e GT/GTA e os Volvos 760, 780 e 960. Também os Peugeots 505 e 605, o Citroën XM, o italiano Lancia Thema e os famosos esportivos Venturi, francês, e DeLorean DMC-12, irlandês. Fabricado em Dourvin, na França, durou até meados dos anos 90.

Por dentro do 264, chamavam atenção os quatro apoios de cabeça vazados, item que faria escola. Era muito confortável para cinco pessoas e havia um apoio de braço no banco traseiro. O volante com quatro raios tinha boa pega e o centro em formato retangular, assim como boa parte do painel, era acolchoado para proteção em acidentes. A instrumentação nesta versão era rica, incluindo conta-giros e um bonito relógio analógico. A posição de dirigir permitia boa visibilidade para todos os lados e uma condução confortável por horas a fio. Continua

Nas pistas
O Campeonato Europeu de Carros de Turismo (European Touring Car Championship, ETC) sempre foi muito disputado, com carros de várias marcas e nacionalidades nas mais diversas pistas da Europa. As provas eram disputadas em Nürburgring, Brands Hatch, Zolder, Zandvoort, Nogaro, Clermont Ferrand e Monza. A disputa nasceu em 1963 e abrigou diversas categorias como o Grupo N, o Grupo A, o Grupo 5 e o Grupo 2. O Grupo N foi criado em 1982 pela FIA para carros de produção, substituindo o antigo Grupo 1, e seguia regras conforme a cilindrada.

Disputavam carros como BMW 528i e 635 CS e o Jaguar XJ-S. Em 1985 o Volvo 240 pilotado por Gianfranco Brancatelli e Thomas Lindström sagrou-se campeão da categoria. Em 1986 também venceu o Campeonato Australiano e o Wellington 500, na Nova Zelândia, nas mãos de Robbie Francevic. No longínquo continente ainda venceu os campeonatos da Tailândia e da Malásia.

O carro era um cupê um pouco mais baixo e com defletor traseiro. O motor de 2.127 cm3 foi preparado para render 375 cv e a caixa era uma Getrag de cinco marchas. Cerca de 200 exemplares foram construídos. Também foi homologado para o Grupo A. A velocidade final beirava os 265 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos. Entre as alterações estavam a suspensão mais firme e rebaixada, rodas BBS especiais com pneus de 17 pol da Pirelli e amortecedores Bilstein. Os freios eram a disco ventilados Lockheed.
Em escala
Versão inicial da linha, o sedã 244 tem miniatura da marca Neo Scale Models na escala 1:43. Existe nas cores azul, bege e laranja, sendo que as duas primeiras opções trazem teto solar.
O cupê 262C de Bertone está disponível também em 1:43 pela Neo, com opção entre preto, dourado e azul, este com o teto em preto.
Especialista na escala 1:43, a alemã Minichamps oferece dois modelos da polícia sueca: um 240 sedã, em branco, e uma perua preta. Ambos vêm com acessórios como antena e luz de teto.
 
Há ainda o sedã 240 GL verde e a perua vermelha ou azul clara, em versão convencional.

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