Sete lugares ou um enorme espaço para bagagem: praticidade era o ponto alto da perua 245/265, que vinha sempre com faróis retangulares e oferecia os motores de quatro e seis cilindros

A Bertone elaborou o 262 C, um cupê com teto mais baixo, para-brisa inclinado e largas colunas traseiras ao preço de um Mercedes Classe S

O 242 GT era um sedã de duas portas com defletor, faróis auxiliares e detalhes esportivos; faróis e para-choques mudavam nos modelos 1979

A perua de cinco portas, identificada como 245 e 265, chegava em setembro de 1975. Tinha o mesmo tamanho do sedã, mas parecia bem maior por conta dos grandes vidros laterais traseiros. A abertura da quinta porta era ótima e, se o banco traseiro fosse rebatido, tinha-se 1,88 metro de comprimento útil e 2.150 litros de volume. Com o segundo banco em posição normal eram 1.200 litros até o teto. Como opcional ainda podia receber bagageiro. Outro item interessante, que vinha de série, eram bancos rebatíveis que ficavam no compartimento de bagagem e aumentavam a capacidade de passageiros. A perua tinha a mesma dianteira do 264 e recebia tanto o motor de quatro cilindros quanto o de seis. Um improviso estético era que as janelas das portas traseiras, as mesmas do sedã, não casavam bem com a extensão do teto. Mais tarde, ao eliminar os frisos cromados dos vidros, a Volvo disfarçou esse fato.

Assinatura italiana   No Salão de Bruxelas, na Bélgica, em 1977 era apresentada a versão cupê feita em Turim, Itália pela famosa casa Bertone. A maior diferença estava na capota deste duas-portas: o para-brisa era mais inclinado, as colunas traseiras mais grossa e o teto, bem mais baixo, além de receber acabamento em vinil. O vidro traseiro era mais vertical. Chamado de 262 C, o modelo ainda apresentava defletor dianteiro e belas rodas de alumínio. Causou impacto pela diferença. O ítalo-sueco era equipado apenas com o motor PRV V6 e tinha preço comparável aos alemães BMW 535i e Mercedes-Benz 280 SE e ao inglês Jaguar XJ6. Caro, era feito em pequena escala e tinha acabamento muito refinado, recebendo couro de ótima qualidade nos bancos, portas e até em algumas partes do teto. O luxo se estendia ao porta-malas recoberto em tecido de ótima qualidade. De início só era oferecido na cor prata metálica com teto preto.

Também no ano era lançada a pequena série 244 DL Anniversary, que festejava os 50 anos da empresa. Distinguia-se pela cor prata metálica e frisos laterais dourados e pretos. Apenas 500 foram produzidos para alguns países de maiores vendas — que eram muito boas nos EUA e também na Austrália. Nos EUA, a Volvo era a primeira a adotar sensor de oxigênio (sonda lambda) no escapamento para melhor controle da mistura ar-combustível, começando pelo quatro-cilindros com injeção. Isso permitia atender com facilidade aos novos limites de emissões poluentes do estado da Califórnia, então os mais severos do mundo.

Todos os modelos recebiam faróis retangulares em agosto de 1978, sendo que nos 240 a grade era mais larga que no topo de linha. Para o mercado norte-americano os faróis eram circulares e do tipo selado (sealed beam), uma exigência local. Os para-choques estavam ainda mais espessos e atrás vinham novas lanternas e outro desenho da tampa do porta-malas. Ganhavam também melhor tratamento da chapa com relação à corrosão. Por dentro, acabamento acústico superior, volante com novo desenho e bancos em veludo ou couro. Na suspensão havia amortecedores mais firmes e novos estabilizadores. A perua 265 de seis cilindros contava com nivelamento automático da traseira.

Chegava também o 242 GT, um duas-portas com suspensão mais firme, faróis de neblina e câmbio de cinco marchas. Em outubro a perua ganhava o primeiro motor com seis cilindros em linha movido a diesel na Europa. Com 2.383 cm³, produzia 82 cv e 14,3 m.kgf. Por seus 1.350 kg, o desempenho não entusiasmava, chegando a apenas 145 km/h. Era produzido pela Volkswagen e também usado pelo Audi 100, com cabeçote em alumínio e injeção mecânica Bosch. Continua

Nas telas
Um bom filme com o Volvo da série 200 foi Eternamente Jovem (Forever Young), de 1992, estrelado pelo mega-astro Mel Gibson e pela famosa Jamie Lee Curtis. Ele faz um piloto de testes de aviões, Capitão Daniel McCormick, antes da Segunda Guerra Mundial. No fim do filme, está com os manches de um bombardeiro B-52. Num teste ultra-secreto, é congelado a título de teste e esquecido numa câmara, para ser acordado por acaso por um garoto que é filho de Claire Cooper (Jamie). Nasce uma grande amizade. Claire é proprietária de um sedã 244.

Causou muito impacto o filme Atração Fatal (Fatal Attraction) de 1987. O advogado Dan Gallagher (Michael Douglas) conhece num coquetel a atraente, mas possessiva, Alex Forrest (Glenn Close), que não o deixa em paz e vira sua vida de cabeça para baixo. Eles têm um romance rápido e o advogado quer ter de volta sua vida normal com a esposa Beth Gallagher (Anne Archer). Pode-se ver em várias cenas um 240 de 1983 em versão norte-americana.

Na comédia Quem Não Cola Não Sai da Escola (Cheats), de 2002, quatro amigos fazem de tudo para passar nas provas da escola sem estudar muito. Trapacear é com eles mesmos — até encontrar uma diretora também esperta, interpretada pela veterana atriz Mary Tyler Moore. Uma perua 245 é bastante vista neste filme divertido.

Apenas Bons Amigos (Just Friends) é uma comédia romântica de 2005. O protagonista Chris (Ryan Reynolds) tem uma paixão platônica por Jamie (Amy Smart) desde adolescentes, mas ele sempre estava acima do peso. Já adultos, se reencontram e ele — já com um corpo atlético — é muito mulherengo. Até as coisas se ajeitarem há muita confusão. Outro 240 prata é visto em muitas cenas.

Os Espíritos (The Frighteners), de 1996, mistura suspense, comédia e policial numa só fita que chega a agradar.
Eternamente Jovem Atração Fatal
Quem Não Cola Não Sai da Escola Os Espíritos

Michael J. Fox faz Frank Bannister, um homem que livra as casas mal-assombradas de maus espíritos e possíveis fantasmas, até se envolver num misterioso crime e ser considerado o principal suspeito. Também vemos muito uma 245 branca.

A bela Sandra Bullock é Cassie Mayweather, uma detetive policial, em Cálculo Mortal (Murder by Numbers) de 2002. Ela é encarregada de esclarecer um crime quase perfeito idealizado por jovens estudantes muito inteligentes. Aos poucos, revendo o passado dos protagonistas dos crimes, começa a descobrir toda a façanha. Neste bom policial podemos ver muito um 244 de 1986.

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