O confortável interior da versão GR: painel simples, bom revestimento, apoio de braço central

Seus concorrentes na França eram o Citroën CX Reflex e Athena, o Talbot Solara SX e os Renaults 20 e 30 TS. Da Alemanha havia os Audis 80 e 100 L e GL, o Ford Taunus, o Opel Rekord e o Volkswagen Passat 1600 GLI. Da Itália o Alfa Romeo Alfetta 2000, o Fiat 132 e o Lancia Beta, e da Inglaterra, o Ford Granada.

A economia do diesel   Em julho do mesmo ano, 1979, chegava a versão a diesel, tão apreciada na França. O motor dos 505 GRD e SRD era o mesmo do 504, apenas com alguns aperfeiçoamentos. Tinha quatro cilindros, 2.304 cm³ e 70 cv a 4.500 rpm. O desempenho era modesto, com velocidade máxima de 140 km/h, mas se compensava pela economia e robustez. Em outubro de 1980 aparecia a versão a diesel com turbocompressor, que faria muito sucesso também no lado de cá do Atlântico, nos Estados Unidos. O motor era mesmo, mas passava a contar com 80 cv a 4.150 rpm e torque de 18,8 m.kgf a 2.000 rpm, para uma final de 160 km/h. Estava equipado com injeção Bosch e turbo Garrett e oferecia caixa automática de três marchas.

O 505 em raio X mostra a suspensão independente nas quatro rodas com molas helicoidais

Para atender às normas americanas, o 505 ganhava pára-choques maiores, quatro faróis circulares e lanternas traseiras ligeiramente inclinadas. O grupo francês recebeu uma encomenda de 1.200 veículos, após vencer uma concorrência, para equipar frotas de táxis de Nova York e Los Angeles. Era o primeiro quatro-cilindros turbodiesel vendido no continente americano e a Peugeot aproveitou-se deste marco na publicidade. O 505 tornava-se um autêntico Yellow Cab. circulando nas ruas de Manhatan e em Beverly Hills. Continua

Os especiais

Como era tradição da marca, as linhas 403, 404 e 504 tiveram versões sedãs, peruas, cupês e conversíveis. Infelizmente o belo cupê baseado no 505 não passou do estágio de protótipo. Como a empresa desejava vendê-lo nos Estados Unidos, contava com pára-choques maiores e faróis que atendiam às solicitações impostas lá. De perfil lembrava um pouco o BMW Série 6.

Henry Dangel foi um homem que teve laços estreitos com a Peugeot. Na década de 1960, projetou chassis e carrocerias para carros de corridas para diversas categorias. Chegou a projetar um kit de suspensão muito eficaz para os Alpines da Renault. Mas foi em 1980 que sua relação com Sochaux se firmou: nesse ano o Dangel 504 chegava às concessionárias na marca e, em 1985, começou a produzir a Break 505 (ao lado) com tração nas quatro rodas.

Por fora se distinguia por pneus na medida 205-16 e pela altura livre do solo de 22 centímetros. Usava os mesmos motores a gasolina e a diesel de série, mas tinha suspensão e chassi reforçados e tração integral permanente. Conservava a caixa manual de cinco marchas e ganhava uma caixa de transferência, para obter reduzida, além de diferenciais dianteiro e traseiro autobloqueantes.
Foi um veículo muito eficiente, que atendia tanto à demanda de particulares quanto à de empresas. Estas preferiam a versão Enterprise, que tinha um acabamento mais simples e as portas traseiras soldadas. A EDF, estatal de eletricidade francesa, adotou dezenas de exemplares como veículo para acessos difíceis. Era muito apreciado pelos funcionários nos Alpes e nos Pirineus. Foi fabricado até 1992.

Outra empresa a efetuar transformações no 505 foi a francesa Heuliez, que hoje chega a produzir carrocerias inteiras para modelos de produção, como a do Opel Tigra. Sobre a Break da Peugeot ela fez esta espaçosa ambulância, com o teto elevado e as adaptações internas necessárias.
A Danielson é muito conhecida na França por fazer preparação de motores e carrocerias discretas. Em 1981 recebeu a encomenda de uma concessionária alemã para vitaminar o 505. Com taxa de compressão elevada, válvulas maiores e comando alterado, o motor de 110 cv passava a ter 136 cv a 6.000 rpm. A suspensão estava equipada com amortecedores De Carbon e novas molas, o carro ficava mais baixo em 5 cm e podia ser equipado com rodas Gotti de alumínio e pneus Pirelli P5 195/70. Ainda recebia aerofólio traseiro, defletor dianteiro e faixas decorativas na lateral. Por dentro, bancos Recaro e volante do esportivo Peugeot 104 ZS. Inspirou, anos mais tarde, a própria fábrica a fazer versões de alto desempenho do 505.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade