O número médio da família

Em uma fase de intensa renovação, nos anos 70, a Fiat
lançou o 132, um sedã cujo motor chegaria ao Tempra

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A Fábrica Italiana de Automóveis de Turim, nossa conhecida Fiat, foi fundada em 1899 numa área de 10.000 m² e tinha cerca de 50 funcionários. Os primeiros automóveis foram o 3½, o 6 e o 8 HP, cujos nomes indicavam a potência dos motores. Desde o início, fazia questão de ter uma linha completa de automóveis para atender a todos os gostos e classes sociais.

Em 1965 já havia produzido mais de um milhão de veículos. Na segunda metade da década, faziam parte de sua linha os modelos pequenos 500, 600 e 850, os médios 124/125, 1100, 1300 e 1500, o grande 1800/2100/2300 e o interessante cupê 2300 S. Eram produzidos nos complexos de Turim e Mirafiori, sendo que este último era muito mais moderno. Também havia unidades nas cidades de Marina, Nápoles, Milão, Brescia e Suzzara.

  Disponível em duas versões de acabamento e com dois motores, o 132 preenchia um espaço acima do médio-pequeno 128, para competir com marcas de certo prestígio

No princípio da década de 1970 começava a renovação. Chegavam o diminuto 126, o 127 (origem de nosso 147), o médio-pequeno 128 e a linha de belos e grandes sedãs e cupês 130. Em 1972, no Salão de Genebra, na Suíça, era apresentado o médio-grande Fiat 132. Tratava-se de um sedã de quatro portas e três volumes, com 4,39 metros de comprimento e 2,55 m de distância entre eixos. Equilibrado, tinha linhas simples e bonitas. Prevalecia o bom gosto italiano.

Havia duas versões disponíveis: a básica 1600 e a S 1800. Na básica, a diferença externa estava na grade mais simples, com frisos horizontais e fundo preto, com quatro faróis circulares. Abaixo havia o pára-choque com luzes de direção retangulares. As rodas recebiam calotas de desenho bonito e simples. Atrás tinha três lanternas quadradas de cada lado. Na versão S o conjunto ótico e grade eram contornados por um friso cromado. Também havia o mesmo enfeite no contorno dos pára-lamas e na parte inferior das portas. As rodas recebiam calotas cromadas mais trabalhadas.

Bancos confortáveis, bom espaço, painel com vários instrumentos: um ambiente interno acolhedor para um modelo entre os mais caros da Fiat na época

Os motores eram obra da equipe do competente Aurelio Lampredi. Mesmo o menos potente, com 1.592 cm³, tinha duplo comando de válvulas e era alimentado por um carburador Weber de corpo duplo. Desenvolvia a potência de 98 cv a 6.000 rpm e o torque máximo de 13,4 m.kgf a 4.000 rpm. Fazia de 0 a 100 km/h em 12 segundos e a velocidade final era de 165 km/h, ótimos números para o conjunto. O tanque, com capacidade para 56 litros, trazia boa autonomia para um consumo médio de 12 km/l. Continua

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Data de publicação: 1/11/05

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