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Carros do Passado

Artigo de exportação

Sucesso na Itália, o Fiat 124 chegou a muitos outros
mercados — incluindo o brasileiro, como Lada

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Olhar para o carro das fotos faz qualquer brasileiro se lembrar do Lada Laika, o defasado sedã russo que chegou ao Brasil em 1990, em grande quantidade e a preço convidativo. No entanto, nossa história começa bem antes, no Salão de Genebra em março de 1966, quando a Fabbrica Italiana di Automobili - Torino, ou Fiat, apresentava ao mercado europeu o modelo 124.

O equilíbrio de linhas entre a frente e a traseira foi uma característica do 124
mantida para sempre; os primeiros modelos tinham dois faróis circulares

O pequeno três-volumes de quatro portas e cerca de quatro metros, com 2,42 m entre eixos, chegava para suceder aos sedãs 1300 e 1500. Mantinha a disposição básica dos antecessores, com motor dianteiro longitudinal de quatro cilindros em linha, tração traseira e eixo rígido atrás. O câmbio era de quatro marchas, e os freios dianteiros, a disco.

Suas linhas eram equilibradas e harmoniosas, com destaque para a ampla área envidraçada e a quase simetria entre frente e traseira. Pára-choques cromados e faróis circulares estavam de acordo com o estilo da época, adotado, por exemplo, no Alfa Romeo Giulia. O inédito motor de 1.187 cm3 e comando de válvulas no bloco desenvolvia 60 cv e o levava a 140 km/h. A imprensa européia logo o elegia Carro do Ano de 1966 no continente.

Com desenho de Pininfarina e plataforma encurtada, o Sport Spider foi o modelo de mais longa vida da família -- considerada, claro, apenas a produção pela própria Fiat

Do 124 a Fiat fez uma grande família. Ainda em 1966, no Salão de Turim, eram apresentadas a perua de cinco portas 124 Station Wagon e o Sport Spider, um conversível com estilo próprio e atraente. A marca de Turim havia encomendado estudos de uma versão aberta a diversos "encarroçadores" italianos (saiba mais), optando ao final pelo de Pininfarina, famoso pela autoria de muitos Ferraris.

Baseado na plataforma do sedã encurtada para 2,28 m entre eixos, a carroceria era produzida pelo estúdio e a Fiat concluía a montagem do carro. O Spider não demorou a chegar ao mercado americano, sendo recebido com entusiasmo. No Salão de Genebra do ano seguinte vinha mais um 124, o Sport Coupé, com carroceria da própria Fiat e o entreeixos normal do sedã. Suas linhas agradavam muito, com os amplos vidros, colunas estreitas e um ar esportivo e de bom gosto.

O estilo suave e os amplos vidros conferiam ar agradável ao 124 Sport Coupé. Seu motor de 1,45 litro e 90 cv era o mesmo do conversível

A primeira série do Spider (conhecida como AS) e do Coupé (AC) tinha um motor de 1.438 cm3, duplo comando de válvulas e 90 cv a 6.500 rpm, concebido pelo engenheiro Aurelio Lampredi (1917-1989), com passagem pela Ferrari e também autor do motor "Fiasa" de nossos 147, Uno e Palio. O câmbio era de cinco marchas, opcional no cupê, e os freios a disco nas quatro rodas. Com peso de 920 kg no modelo aberto e 960 kg no fechado, ambos chegavam à máxima de 170 km/h. Eram carros esporte bastante interessantes, com interior bem trabalhado, painel completo e bom comportamento dinâmico. Continua

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Data de publicação deste artigo: 19/10/02

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