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O sucesso de Milão

Pequeno, leve mas muito rápido, o Alfa Giulia fez
bonito nas ruas e nas pistas, até no Brasil

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A Anonima Lombarda Fabrica Automobili (ALFA) Romeo sempre foi um tradicional fabricante de carros rápidos, bonitos e apaixonantes. Fundada em 1910 a partir da Societa Italiana Automobili Daracq, esta criada em 1906 pelo francês Alexandre Darracq, construtor de carros de corridas, em 1914 passou a ser dirigida por Nicola Romeo.

No começo dos anos 60 a segunda empresa automobilística italiana em produção, sediada em Milão, estava em franca expansão. O sucesso de massa veio em 1954 com a apresentação do Giulietta, o que trouxe importância para o crescimento das instalações da fábrica na época.

O cupê desenhado por Bertone foi lançado com motores de 1,3 e 1,6 litro, com duplo comando e até 121 cv

O "cupê Bertone" nasceu em 1963. Seria mais um sucesso e um marco na história da Alfa, famosa por seus belos carros-esporte. Quase todos os modelos foram admirados e desejados por muitos. O pequeno carro, que recebeu a denominação de Giulia Sprint GT, foi desenhado pelo estúdio de Nuccio Bertone e recebeu como mecânica os bem conhecidos 1.300 e 1.600 de duplo comando de válvulas.

Era um cupê de 2+2 lugares com 4,08 metros de comprimento e linhas angulosas, mas muito agradáveis e de certa agressividade. Na frente, dois grandes faróis redondos e ao centro da grade preta o escudo que sempre foi o símbolo da marca. A traseira também era bonita, curta, e abrigava um pequeno porta-malas. A boa visibilidade era um ponto positivo e os limpadores de pára-brisa atuavam em sentidos opostos.

A versão GTA, de allegerita, em alusão à carroceria mais leve: pesava 205 kg a menos que o GT normal e, na versão 1600 de competição, atingia 185 cv

Por dentro, outra tradição era o belo volante de madeira de ótima empunhadura. A alavanca de câmbio, levemente inclinada para trás, tinha muito boa pega e estava muito bem posicionada -- em todos os Alfas ela ficava mais alta e perto do volante do que o usual. A posição de dirigir era ótima e o painel tinha boa instrumentação. O motor de 1,6 litro e 121 cv, com tração traseira e -- mantendo a tradição -- câmbio de cinco marchas, permitia velocidade final de 180 km/h. Os freios a disco estavam presentes nas quatro rodas.

Em 1965 chegava um interessante conversível de quatro lugares, o Giulia GTC, pouco mais pesado devido a reforços de carroceria. Foram fabricados por volta de 1.000 exemplares durante um ano. Não teve o sucesso esperado, sobretudo por causa de modelos da concorrência que eram mais baratos.

Era fácil identificar o GTA, pelas rodas de 15 pol e o quadrifoglio nos pára-lamas

Também nesse ano vinha a versão que mais deixou lembranças, a GTA. O "A" provém de allegerita, que significa mais leve em italiano. Com efeito, pesava 205 kg a menos que o GT normal, pois sua carroceria era feita de alumínio. Estreou nas pistas em 1966, mostrando grande desempenho e ocupando regularmente a posição de vencedor do pódio na categoria européia de turismo. Continua

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