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Na Itália fez parte da equipe AutoDelta. Com injeção Lucas, o 1.300 chegava aos 160 cv e o 1.600 aos 185 cv a 8.200 rpm. Uma particularidade eram as duas velas por cilindro. Foram feitos 500 modelos desses para os autódromos, que ganharam três campeonatos europeus de marcas para a casa italiana.

O GTA nas pistas: tricampeão de marcas na Europa e bem-sucedido também no Brasil

No carro de rua o motor era de 1.580 cm3, duplo comando no cabeçote e taxa de compressão de 9,7:1. Alimentado por dois carburadores horizontais Dell'Orto, sua potência chegava a 115 cv a 6.200 rpm. O som do motor era muito bonito, especial -- e chegava a 185 km/h. Visto de lado, sua identificação era fácil pela presença de bonitas mas simples rodas de alumínio de 15 pol, pneus 155 HR e, nos pára-lamas dianteiros, o triângulo de fundo branco com o trevo de quatro folhas, o quadrifoglio, símbolo da marca para versões mais bravas. Este modelo foi produzido até 1969.

Em 1966 chegava a versão 1300 GT Junior, apresentada no Salão de Paris. Mais simplificada, seu motor de 1.298 cm3 e 88 cv permitia chegar a 175 km/h. O 1600 GT passava a se chamar 1600 GT Veloce, recebendo melhoramentos no painel e frisos horizontais na grade.

O painel da versão 1600 GT Veloce de 1967: grande volante de três raios, bem vertical, e alavanca de câmbio próxima a ele. Observe a chave à esquerda, na tradição de Le Mans

Dois anos depois o 1600 GT cedia lugar ao mais desejado e famoso 1750 GT Veloce. Além de receber um belo painel de madeira, a grade ganhava mais dois faróis menores e o capô passava a ser liso, sem friso central. Havia também faróis de longo alcance e garras nos pára-choques. O motor, em alumínio, tinha dois carburadores Weber e a maior cilindrada permitia uma velocidade máxima de 187 km/h.

O painel era equipado com conta-giros, velocímetro generosamente graduado até os 220 km/h (comum em vários Alfas, até no nacional 2300) e dois pequenos instrumentos: à extrema esquerda, nível de gasolina e pressão de óleo; no outro, marcador de temperatura de água e óleo. 

Em junho de 1971 era lançado o Giulia 2000 GTV. O motor de 1.962 cm3 e 131 cv permitia chegar a 198 km/h. Por fora a grade do radiador estava toda cromada, as lanternas maiores e, na coluna traseira, o símbolo do trevo dava lugar ao escudo de fundo branco com a serpente verde se destacando.

Os últimos modelos do Giulia ganharam dois faróis menores e capô sem friso central, mas as linhas gerais se mantiveram inalteradas por toda sua vida

Seu grande concorrente nas ruas, estradas e pistas era o BMW 2002 TI, não só na Europa mas também no Brasil. Competiu e fez bonito aqui em corridas de curta e longa duração, ficando à frente de carros muito mais velozes e de categorias superiores. O empresário Abílio Diniz, pai de Pedro Paulo, venceu várias provas no final da década de 60 e princípio da de 70 com o GTA.

O Giulia e seu charmoso nome ficaram no mercado durante toda uma geração -- todas as cilindradas aí incluídas -- até 1977. Durante uma dezena de anos a carroceria evoluiu muito pouco: grade, lanternas e interior (painel e bancos) foram as únicas partes que sofreram ligeiras alterações. Deixou saudades tanto aqui quanto na Europa. Lá e cá era símbolo de status de jovens bem sucedidos e de senhores abonados, que se destacavam no trânsito pela beleza das linhas do pequeno Alfa.

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