Mais potente era a versão com 1.756 cm³, também de comando duplo, que desenvolvia 105 cv a 6.000 rpm e 14,4 m.kgf a 4.200 rpm. Mais rápida, chegava aos 100 km/h em 11 segundos e a uma velocidade final de 172 km/h. A caixa de quatro marchas aproveitava bem a potência dos motores; como opção, contava com cinco marchas. A alavanca, disposta no console em posição inclinada para trás, tinha ótima pega e condução esportiva. A tração era traseira. Além da caixa de cinco marchas, outra sofisticação para a classe a que se destinava eram os quatro freios a disco de série, com duplo circuito e servo-freio. Os pneus de ambas as versões tinham a medida 175 R 14.

O estúdio Pininfarina desenhou uma perua na linha 132, de linhas equilibradas, mas que não chegou ao mercado

Estável, a suspensão dianteira era independente e a traseira de eixo rígido, ambas com molas helicoidais. Por dentro iam com conforto cinco passageiros. Os bancos, com desenho de bom gosto, tinham acabamento requintado e atrás dispunha-se de apoio de braço. O painel, na versão superior, incluía manômetro de óleo, conta-giros e relógio. O volante de dois raios tinha desenho simples. Seus concorrentes eram Alfa Romeo Giulia, Autobianchi A 111 e Lancia Fulvia na Itália. No resto da Europa enfrentava os alemães BMW 2002, Audi 100 LS, Opel Ascona e Volkswagen K70 e os franceses Renault 16 e Peugeot 504.

Em 1974, também em Genebra, eram apresentadas versões rejuvenescidas. Os vidros estavam maiores, a frente ganhava novos grade e capô e a suspensão, revisada, ficava mais confortável. Interessante é que, por causa de modismos de época, os pneus passaram a ter aro menor, de 13 em vez de 14 pol, mas eram mais largos, 185 R 13. Três anos depois vinha outra plástica: aparecia um 132 mais moderno e bonito, com novos pára-choques, rodas de alumínio e novo painel, além de direção assistida e controle elétrico dos vidros.

Em 1980, depois de alterações visuais, o sedã passava a se chamar Argenta; o motor de 2,0 litros com injeção rendia 122 cv

A versão topo-de-linha ganhava novo motor com 1.995 cm³, também de duplo comando, produzindo 112 cv a 5.600 rpm e 16,1 m.kgf a 3.000 rpm. Em linhas gerais era o mesmo que apareceria no Brasil com o Tempra, em 1991. Era notável a melhoria da aceleração, apesar do peso algo elevado (1.140 kg), e a final passava a ser de 178 km/h. Numa associação da Fiat com a Renault, o 132 também recebia motores a diesel: um com 1.995 cm³ e 60 cv, outro com 2.445 cm³ e 72 cv. A velocidade final deste era de 150 km/h. O modelo era facilmente reconhecido pelo ressalto no capô.

Em 1979 o motor 2,0-litros recebia injeção eletrônica Bosch L-Jetronic. Sua potência passava a ser de 122 cv e o torque de 17,5 m.kgf. Era o mesmo que equipava o Lancia Beta, produzido por uma das marcas do grupo Fiat. Atingia 180 km/h, muito bom para sua proposta. Um ano depois, dentro da nova fase em que a marca de Turim adotava nomes em vez de números, passava a se chamar Argenta. A carroceria estava muito modificada, mas não causava estranheza. Tinha novos pára-choques e faróis dentro do estilo padronizado da linha, que usava cinco barras inclinadas na grade. Continuava elegante.

O painel adotado em um dos últimos modelos, com linhas retas, lembra o que seria usado no Tipo a partir de 1988

Foram produzidos 678.700 exemplares do 132/Argenta até 1986. Foi fabricado também na Espanha, com a marca Seat: além dos motores de 1,6 e 1,8 litro italianos, usava um de 1.919 cm³ e 109 cv, a gasolina, e dois a diesel diferentes da versão Fiat (um de 1.988 cm³ e 55 cv, outro de 2.197 cm³ e 60 cv), fornecidos pela Mercedes-Benz. Na antiga Iugoslávia existia sob a marca Zastava, e na Polônia, pela Polski-Fiat. O estúdio Pininfarina chegou a projetar uma perua, de linhas equilibradas, ainda  na fase 132. Seu sucessor foi o Croma, um elegante cinco-portas que chegou a ser considerado pela Fiat brasileira, antes da decisão pelo Tempra.

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