


O modelo 1955 (no alto)
comemorou o primeiro milhão de unidades e já trazia o motor 1200;
embaixo, o de 1956 com teto solar em vinil e vidro traseiro inteiriço
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A capacidade do motor voltava a crescer, agora para 1.192 cm³, em 1954. Com cilindros
maiores, o boxer já entregava
30 cv e o besouro atingia 110 km/h. No ano seguinte surgia o escapamento
de duas saídas e a segurança era privilegiada com pára-choques
reforçados. Além de garras maiores, ele trazia uma barra superior para
complementar a de que já dispunha, um desenho chamado de "US" para
indicar de onde viera a demanda por ele — Estados Unidos. O modelo 1955
durou apenas sete meses e em 8 de agosto veio a marca do primeiro milhão
de unidades fabricadas.
No mesmo mês já eram produzidos os modelos 1956. O volante e o painel
das portas eram redesenhados, enquanto os bancos recebiam forração e
regulagem novas. O formato do tanque de combustível foi modificado para
facilitar a colocação de bagagem e o tecido do teto solar foi trocado
por vinil. Começava a se sedimentar o fenômeno de vendas do VW nos EUA.
Para se ter idéia, em 1957, no auge dos carrões cheios de cromados e
aletas de Detroit, havia fila de espera que podia levar seis meses.
Nesse ano, a visibilidade dominou as melhorias. O pára-brisa crescia em
altura e largura, ampliando em 17% o campo de visão do motorista, e a
janela traseira oval foi substituída por outra mais ampla, o que também
interferiu no desenho do capô. O painel era novamente redesenhado. O
retrovisor externo ficava maior em 1958 e, no ano seguinte, maçanetas
fixas incorporavam o botão de abertura das portas. A produção no Brasil
tinha início, como veremos mais à frente.
A concorrência ao VW era sobretudo de origem européia. Os
próprios alemães tinham o DKW como
contraponto e os ingleses dispunham de seus vários modelos da série A da
Austin. Da França vinham o Renault 4CV "Rabo
Quente", também de motor traseiro, e o
Citroën 2CV. Da Itália, o
Fiat 1100 estava mais à altura do modelo
alemão, embora as vendas mais expressivas viessem dos ainda menores
500 e
600. Os suecos tinham seu Volvo
PV444/544. Um raro concorrente dos EUA — e para os critérios
americanos de tamanho — era o Rambler American.
Em agosto de 1959, o novo modelo Export já contava comtodas as marchas sincronizadas, o que facilitava muito dirigir.
Para qualquer versão as charmosas bananinhas das colunas centrais, que
indicavam a direção das conversões, eram trocadas por luzes piscantes
nos pára-lamas dianteiros e nas lanternas traseiras. O porta-malas da frente crescia
65%, os faróis ficavam assimétricos e o pára-brisa ganhava lavador. O limpador passou a ter funcionamento pneumático em 1961, ano
em que o modelo básico ganhou freios hidráulicos. O
teto solar de vinil cedeu espaço para outro deslizante de aço na linha
1962. Continua |