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Range Rover Vogue: o "Rolls-Royce dos 4x4" torna-se ainda mais
requintado na série Autobiography com o novo motor V8 de 510 cv

Texto e fotos: Fabrício Samahá

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Se um Range Rover já está no ápice dos utilitários esporte, o que dizer da série Autobiography, variação do Vogue com motor V8 de 5,0 litros?

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Apesar de detalhes modernos, como leds nos faróis e lanternas e rodas de 20 pol, o desenho da atual geração lembra muito o original de 1970

 
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Há mais de 40 anos, muito antes que o conceito de utilitário esporte se consagrasse e se tornasse o sonho de consumo de muitos, um fabricante inglês combinou as formas de um veículo fora-de-estrada ao conforto e ao desempenho esperados, à época, apenas de um automóvel. Surgia naquele 1970 o Range Rover, modelo de luxo da gama Land Rover que ganharia entre os admiradores a fama de "Rolls-Royce dos 4x4".

Hoje as ruas e estradas estão tomadas pelos chamados SUVs (sigla para o inglês sport utility vehicle), produzidos até mesmo por marcas pouco afeitas ao tipo de carro, como Porsche, BMW e, em breve, Maserati. Mas continua a existir — e, mais que isso, a impressionar pelo luxo, a valentia e os atributos técnicos — o Range Rover, que o Best Cars avaliou para a edição de aniversário de 14 anos em sua versão de topo, a Vogue Autobiography, dotada de motor V8 a gasolina com compressor, com preço sugerido de R$ 446 mil (confira também as avaliações do Audi RS5 e do BMW X3).

Os interessados em desfilar com algo moderno, dentro das últimas tendências de estilo, podem logo descartar esse ícone britânico: suas linhas com quase 10 anos de mercado (a atual geração foi lançada no Salão de Detroit de 2002) buscaram, de forma talvez exagerada, uma semelhança com a do modelo original de 1970. Mesmo com elementos atuais, como os faróis e as lanternas traseiras dotados de leds para a luz de posição ou as rodas de 20 pol da versão, sua aparência tradicional parece remeter a outros tempos — mas tem o charme de resistir às modas e o mérito de não se confundir com qualquer veículo no mundo.

Onde o Range Rover começa a conquistar é no interior. Ao abrir a porta, mesmo os habituados a carros luxuosos impressionam-se com o requinte do acabamento, com destaque para o revestimento dos bancos, portas e até do painel em couro de altíssimo padrão e o espesso carpete. No Vogue Autobiography avaliado, a combinação de tons de bege e marrom em praticamente todo o interior era de um bom gosto irrepreensível, a perfeita prova de que a mesmice da cor preta do mercado brasileiro precisa acabar. Apliques de madeira nas portas, console e painel estão de pleno acordo com o ambiente.

Ali, o moderno convive em harmonia com o nostálgico. A parte conservadora está no predomínio de linhas retas, nas maçanetas das portas (em posição muito baixa, o que poderia ser revisto) e na seção inferior do painel, com comandos giratórios de ventilação e um antigo relógio analógico — que no entanto tem aspecto pobre, sem a sofisticação dos encontrados em outras marcas de prestígio. E o lado moderno do interior? Esse merece uma descrição detalhada.

Começa pelo quadro de instrumentos, que são analógicos, mas virtuais: velocímetro, conta-giros e marcadores de temperatura e nível de combustível são, na verdade, imagens em uma tela de TFT (transistor de película fina, superior ao cristal líquido, LCD) de 12 pol. Quais as vantagens? Uma, a grande facilidade de leitura sob qualquer condição de luz ambiente, que fica ainda maior quando se escolhe o modo de sombra: a região ao redor do ponteiro fica mais clara que o restante. Outra, que as informações podem ser reorganizadas ou sobrepostas. O aspecto do conjunto é que poderia ser mais elaborado.

O centro do quadro tanto pode ficar apagado quanto ser preenchido por diferentes gráficos e mensagens, como o do configurador de funções e os que apontam o uso do HDC (controle de velocidade em descida) e da reduzida, o bloqueio automático do diferencial central, os ajustes feitos à suspensão e a escolha efetuada no sistema Terrain Response, que veremos adiante. Há ainda recursos que só uma tela pode permitir, como um clipe que percorre o aro do velocímetro e se fixa à velocidade programada para o limitador.

Outro elemento típico dos novos tempos é o mostrador no centro do painel, cuja tela sensível ao toque serve a numerosas funções, entre as quais ajustes de áudio (com disqueteira no porta-luvas e alto-falantes Harman/Kardon Logic7 com excelente fidelidade), exibição de vídeo (com DVD), operação do telefone pela interface Bluetooth e navegação por satélite, funcional no Brasil. Como existem mais dois monitores de vídeo nos encostos de cabeça, para uso pelos passageiros de trás, o motorista pode definir na tela que tipo de entretenimento passará em cada um desses monitores. Continua

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Data de publicação: 22/10/11

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