Para os passageiros de trás, monitores de DVD, entradas de áudio e vídeo, controle remoto no apoio de braço e potentes fones de ouvido sem fio

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O motor fornece torque soberbo e a caixa opera com maciez; embaixo, os comandos de suspensão, redução, sistema HDC e Terrain Response

 
Comentário técnico
> Oferecido desde 2009, o motor V8 de 5,0 litros pertence à série AJ da Jaguar. Entre seus recursos estão compressor, injeção direta de gasolina e variação do tempo de abertura das válvulas de admissão. O acionamento de tal variação é feito pela energia torcional (portanto gratuita) da própria rotação da árvore de comando, em vez de um sistema hidráulico, o que o torna mais rápido e eficiente.

> O compressor tem quatro lóbulos com desenho bastante curvo, para aumentar sua eficiência e consumir menos potência. O motor pode desenvolver tanto torque que seu valor máximo foi limitado, em patamar plano entre 2.500 e 5.500 rpm, para não sobrecarregar a transmissão.

> Embora se pareça com o primeiro Range Rover, o atual adotou padrões modernos de construção de utilitários, com estrutura monobloco e suspensão independente nas quatro rodas. O coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,38 não chega a ser ruim pelo tipo de veículo.

> Interessado em colocar o Autobiography no fora-de-estrada? Então anote: vão livre do solo, 231 mm em altura normal e 283 mm com a suspensão no modo mais elevado; ângulo de entrada, 29º e 34º; ângulo de rampa (parte central inferior), 24,4º e 30º; ângulo de saída, 24,2º e 26,6º (sempre na mesma ordem); e submersão máxima na água, 70 cm.

A atuação da caixa é irrepreensível, com trocas que mal se percebem, e em modo manual consegue-se usar quase todo o acelerador sem provocar redução, que só vem ao pisar até o fim. Nesse modo de uso, trocas para cima são automáticas ao atingir o limite de rotações.

A tradição fora-de-estrada da Land Rover não deixaria o Vogue sem um notável aparato para esse tipo de uso. Existe caixa de transferência, em que a reduzida pode ser acionada em movimento, desde que com o câmbio em ponto-morto; o sistema HDC, Hill Descent Control, que controla a velocidade em descidas íngremes, dispensando o uso dos pedais; bloqueio automático do diferencial central, para divisão do torque por igual entre os eixos, e do traseiro, para o mesmo resultado entre as rodas posteriores; suspensão regulável em altura e Terrain Response, que merecem comentário à parte.

A suspensão usa molas pneumáticas para um rodar mais confortável e para tornar possível o ajuste em três níveis de altura, comandados a partir de duas teclas no console central. Em relação à altura padrão, o chamado nível de acesso — destinado a facilitar a entrada e a saída dos ocupantes, já que o Range Rover é bastante alto — rebaixa o veículo em 40 mm, enquanto o modo de uso fora-de-estrada amplia aquela altura em 52 mm, dando excepcionais condições para superar obstáculos sem raspar a parte inferior da carroceria. Pode-se comandar o ajuste em movimento, mas os modos mais alto e mais baixo comutam para o padrão a certa velocidade, na faixa de 40 km/h.

Já o sistema Terrain Response, traduzível como reação ao terreno, tem como proposta adequar diversos parâmetros do utilitário — como controles de tração e estabilidade, acelerador com controle eletrônico, caixa automática, freios antitravamento ABS e bloqueio de diferenciais — às condições de piso em que se trafega. Um comando giratório no console dá escolha entre cinco modos: geral; para relva, gravilha ou neve; para lama ou rodeiras; para areia; e para subida de pedras. Cada seleção feita é indicada no quadro de instrumentos e traz uma detalhada descrição no monitor central do painel.

O programa geral não significa ausência de adaptação ao terreno: funciona como um modo automático, em que o veículo se adapta às condições detectadas. O modo para relva destina-se a solos firmes, mas com superfície escorregadia. Com ele acionado, o diferencial central pode ser bloqueado, se o sistema assim o decidir, e ao engatar a reduzida o HDC já entra em ação. O programa para lama prevê, além do solo de baixa aderência, sulcos fundos ou terrenos que levem a grandes movimentos da suspensão. A resposta do acelerador torna-se mais suave e o HDC fica ativo, mesmo sem uso da reduzida.

No modo para areia, assim como se recomenda ao trafegar com qualquer carro nesse terreno, a ideia é acelerar muito para o veículo não afundar: o acelerador fica mais abrupto, o câmbio mantém rotações mais altas do motor e o controle de tração permite certo deslizamento dos pneus. Por fim, o programa para subida de pedras — que só pode ser usado em combinação com a reduzida — produz uma resposta progressiva de acelerador e usa mais o bloqueio dos diferenciais, pois pretende mover o utilitário de forma lenta e precisa sobre pisos muito desnivelados, com grande trabalho da suspensão.

Devorador de (qualquer) estrada   O Best Cars já havia experimentado outro Range Rover, o Vogue turbodiesel, em duas condições extremas de uso: direção rápida em autódromo e percurso fora-de-estrada severo. Agora, na avaliação do Autobiography, o objetivo foi analisar seu comportamento em situações mais cotidianas para um veículo desse tipo, como cidade, estrada e terra. E a que conclusões chegamos? Continua

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Algumas das funções da tela central: seleção do entretenimento para o banco traseiro, navegação e inserção de senha para uso por manobrista
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