Ascendente em leão

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A Peugeot volta a subir para o segmento de luxo com o 508, dono de
muitos atributos, mas que vem enfrentar uma séria concorrência

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

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Com boas proporções, o desenho do 508 adota a frente proposta pelo conceito SR1; suas dimensões são claramente superiores às do 408

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Faróis e lanternas usam leds e há comutação automática de facho; as rodas são de 18 pol; porta-malas de 473 litros não sobressai em espaço

 

Depois de três anos de ausência, a Peugeot volta ao segmento de sedãs de luxo no Brasil com a estreia do 508, lançado na Europa em 2010. Maior que o 408 e verdadeiro sucessor do 407, ele representa a última fase de uma linha iniciada nos anos 70 com o 604, substituído pelos 605 e 607. A marca francesa volta a participar de um segmento que responderá este ano por cerca de 15 mil unidades e que tem nos sul-coreanos os lideres de mercado.

A versão escolhida para o Brasil é a topo de linha na França entre as movidas a gasolina, com o bem conhecido motor turbo de 1,6 litro com injeção direta, que produz potência de 165 cv, e caixa de câmbio automática de seis marchas ao preço sugerido de R$ 120 mil. Lá fora existem alternativas a gasolina desde 120 cv e quatro níveis de potência em motores turbodiesel de 1,6 a 2,2 litros, com 204 cv (e torque de 45,9 m.kgf!) no mais vigoroso deles. É pena que a perua 508 SW não tenha previsão de importação, justificado pela fábrica pela baixa demanda. O modelo tem três anos de garantia.

O conteúdo de série (não há opcionais), expressivo, abrange controle eletrônico de estabilidade e tração, seis bolsas infláveis (frontais, laterais de tórax na frente e cortinas para os vidros laterais), freios com sistema antitravamento (ABS) e assistência adicional em emergência, assistente de farol alto (mais sobre ele adiante), faróis de xenônio e autodirecionais, fixações Isofix para cadeira infantil, rodas de 18 pol, alarme antifurto, freio de estacionamento elétrico, ar-condicionado automático de quatro  zonas, bancos dianteiros com regulagem elétrica, assistente de análise de vaga para estacionar, controlador e limitador de velocidade, acesso e partida sem uso de chave, rádio/CD com MP3 e amplificador, navegador com tela de 7 pol no painel e teto solar com comando elétrico.

Os alvos da Peugeot na concorrência são Hyundai Azera V6 3,0 (R$ 135 mil), Kia Cadenza V6 3,5 (R$ 135,7 mil), Mercedes-Benz C 180 (R$ 134,9 mil) e Volkswagen Passat 2,0 turbo (R$ 122,4 mil). Com exceção do Mercedes, são carros bem mais potentes que o 508 — o Cadenza chega a 290 cv — e isso pode representar um problema para os franceses. Adversários em maior equilíbrio em termos de potência custam bem menos, como Ford Fusion SEL 2,5 (R$ 80,9 mil), Hyundai Sonata 2,4 (R$ 97.250), Honda Accord 2,0 (R$ 99,5 mil) e Kia Optima 2,4 (R$ 96,9 mil).

O 508 impressiona bem à primeira vista, com linhas modernas e equilibradas, sem se afastar do ar tradicional preferido por muitos em seu público-alvo. A frente, com a ampla grade em posição mais elevada e o emblema do leão no capô, foi a primeira na Peugeot a seguir a filosofia de estilo lançada em 2010 com o carro-conceito SR1. Os faróis usam um só refletor elipsoidal em cada, com as lâmpadas de xenônio atendendo a ambos os fachos, e trazem um jogo de leds em forma circular para a função de luz diurna.

Além de autodirecionais, os faróis trazem uma inovação na categoria: por meio de um sensor de luz ambiente no retrovisor interno, pode-se acionar uma comutação automática entre os fachos alto e baixo, em que o alto é acionado apenas em locais escuros e sem veículos adiante, seja no mesmo sentido ou no contrário. De lado, a maior distância entre eixos e o balanço dianteiro mais curto que no antigo 407 dão-lhe proporções harmoniosas. Na traseira as lanternas também usam leds para compor três elementos quando acesas. A tampa do porta-malas pode ser aberta apertando o zero do logotipo 508,  detalhe já usado antes no 607.

Construído sobre a última versão da plataforma 3 da PSA Peugeot-Citroën,o 508 tem dimensões típicas de carro médio-grande, como comprimento de 4,79 metros, largura de 1,85 m e distância entre eixos de 2,82 m — é 10 cm mais longo, 4 cm mais largo e tem 11 cm a mais entre os eixos que o 408. O coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,26 é dos mais baixos já vistos em modelos de produção.

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Data de publicação: 2/6/12

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