O retorno à elegância

Um dos maiores automóveis da Fiat, o 130 competiu com
marcas de prestígio e teve uma atraente versão cupê

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Todos sabemos que os carros simples, compactos e baratos compõem as grandes vendas de uma indústria de automóveis, mas aqueles mais luxuosos são os que dão maior lucro à empresa. No final da década de 1960 quase não faltavam produtos para todos os gostos e bolsos na famosa e grande Fiat italiana. O pequenino 500 seguia carreira de sucesso, apesar de já estar envelhecido. O 128 era um êxito de vendas: compacto e com ampla gama, agradava muito.

Mas a linha de topo, mais cara e luxuosa, composta pelos 1800, 2100 e 2300, já estava bem antiquada. Faltava o número do luxo, da pretensão para dar mais modernidade à casa italiana. E este número seria 130. O novo sedã era lançado no Salão de Genebra, na Suíça, em março de 1969. Suas linhas eram retas, clássicas, com três volumes bem definidos e quatro portas. Bonito e discreto, tinha 4,75 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,47 m de altura e distância entre eixos de 2,72 m. A visibilidade era ótima em todos os ângulos.

Um Fiat entre os sedãs grandes e luxuosos, o 130 media 4,75 metros de comprimento e impressionava bem com as linhas clássicas, equilibradas

A frente contava com quatro faróis circulares e grade com frisos horizontais. Ao centro ficava o discreto escudo da fábrica. Atrás, amplas lanternas em formato retangular. Por dentro o 130 era muito luxuoso. O painel completo trazia velocímetro com escala horizontal, conta-giros circular, marcadores de temperatura e nível do tanque e voltímetro, além do relógio. Os bancos dianteiros eram confortáveis e aconchegantes. Atrás acomodava três adultos, também com conforto. O porta-malas, com ótimo acabamento, tinha tamanho adequado.

Seu motor era de seis cilindros em "V" a 60°, com 2.866 cm³, duplo comando de válvulas e potência de 140 cv a 5.400 rpm. Um belo propulsor para impulsionar 1.570 kg de peso. O câmbio tinha cinco marchas e sua tração era traseira. A casa de Turim visava a concorrer com o francês Citroën DS, o inglês Jaguar XJ e os alemães BMW 3.0 S e Mercedes-Benz 250/280.

O painel com velocímetro horizontal, à esquerda, daria lugar ao de instrumentos circulares

Em 1971 o V6 contava com maiores cilindrada e potência: passava a ter 3.235 cm³ e 165 cv a 5.600 rpm. Seu torque máximo era de 25,5 m.kgf a 3.400 rpm. Alimentado por um carburador de corpo duplo em posição invertida, era baseado no que equipava o Ferrari Dino e que viria a mover anos depois o Lancia Stratos. A velocidade máxima era de 190 km/h. Além da caixa manual de cinco marchas, tinha como opção uma automática de três velocidades da marca Borg-Warner. Continua

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Data de publicação: 24/10/06

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