A suspensão dianteira era independente com barras de torção e a traseira, também independente, usava molas helicoidais. As rodas de alumínio, discretas e com uma pequena calota cromada no centro, tinham pneus na medida 205/70-14. Os quatro freios eram a disco, sendo os da frente ventilados. Era um sedã ótimo para a família com um desempenho elogiável e boa estabilidade. Freqüentava as auto-estradas com imponência. Contudo, em tempos de crise do petróleo, não era um carro econômico e seu preço elevado não entusiasmava muitos.

Desenhado e fabricado pela Pininfarina, o 130 cupê era  bem mais charmoso e moderno que o sedã, para competir com modelos das marcas de prestígio da Europa

No mesmo ano a Fiat apresentava uma versão com a autoria e a produção da casa Pininfarina: o cupê 130. Suas linhas modernas eram muito elegantes e não tinham nada em comum com o sedã. Também retas, permitiam alguns vincos arredondados. Era um pouco maior que o quatro-portas, medindo 4,84 metros. A frente tinha quatro faróis retangulares, sendo que os da extremidade eram maiores. A grade, discreta, trazia frisos horizontais e verticais. As rodas de alumínio tinham desenho bonito e diferente do usado no sedã.

Por dentro também era confortável. Exibia um painel típico dos anos 70, com conta-giros e velocímetro circulares e quatro outros instrumentos e um volante de dois raios. Tão belo era o cupê que um exemplar encontra-se exposto no Museu de Arte Moderna de Nova York. Se usava a mesma mecânica do irmão mais sóbrio, era 50 kg mais leve e tinha aerodinâmica bem melhor, o que favorecia o desempenho. Acelerava mais rápido e atingia 195 km/h. Em preço concorria com o compatriota Alfa Romeo Montreal, o BMW 3.0 CS/CSi, o Citroën SM, o Jaguar XJ6 cupê e o Mercedes 350 SLC. No que se referia a estilo e modernidade, porém, ultrapassava em muito os dois alemães e o inglês.

O painel do cupê era o mesmo do sedã de 3,2 litros, assim como seu motor de duplo comando e 165 cv; o câmbio automático era opcional

Em 1974 era apresentada uma elegante perua. A Maremma, especialmente concebida pela Pininfarina, era diferente de qualquer uma do mercado, apesar de não ter entrado em produção em série. O nome era de uma localidade na região da Toscana, na Itália, onde a pratica de caça era comum. Baseada no cupê, tinha a coluna central mais larga e cromada. A área envidraçada era ampla e, de perfil, mostrava-se muito distinta.

No final do teto havia um defletor integrado à carroceria e, graças a este recurso, tinha aerodinâmica melhor que o cupê. Neste detalhe era pioneira. Por dentro a elegância continuava numa combinação de cores de muito bom gosto. Também baseada no cupê, a pedido da Fiat, foi produzida uma versão de quatro portas denominada Opera, muito bonita. Infelizmente também não foi para as ruas.

Versões especiais: o sedã Opera e a perua Maremma, feitos por Pininfarina com base no cupê

Foram produzidos 15.100 sedãs e 4.491 cupês de 1969 a 1977. Apesar do pouco sucesso com o público abastado, o 130 foi o carro presidencial e transportou personalidades de grande quilate como o presidente Sandro Pertini e o primeiro-ministro Aldo Moro, que ficou conhecido internacionalmente ao ser assassinato brutalmente devido ao combate ao crime. Uma versão especial da Fissore serviu ao Papa João Paulo II por alguns anos. Variações especiais do sedã também foram utilizadas pela família Agnelli, dona do conglomerado Fiat.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade