Pouco volume, grande versatilidade

Derivado do Mini britânico, o jipinho Moke surgiu com fins
militares, mas conquistou usuários civis mundo afora

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação e reprodução

Os veículos do gênero fora-de-estrada são grande sucesso hoje, sejam aqueles que realmente podem enfrentar com galhardia a lama e a terra, sejam aqueles que só têm a decoração. O termo jipe virou padrão em todo o mundo graças ao famoso, robusto e eficaz Jeep americano, que fez sucesso na guerra e também nas fazendas, montanhas e desertos de vários países.

Na década de 1950 havia vários modelos na Europa e nos Estados Unidos com essa proposta. No Velho Continente era expoente o Land Rover, mas de dimensões menores, também aptos à aventura e ao trabalho, existiam o DKW Munga alemão, os italianos Matta da Alfa Romeo e Campagnola da Fiat e o francês Delahaye VLR.

A proposta de uma versão militar não deu certo: o Exército queria um jipe mais curto, alto e protegido; a Marinha não se interessou

Na Inglaterra o grande Alec Issigonis, pai do Mini, havia adquirido grande experiência em veículos militares na época da Segunda Guerra Mundial. Ele chegou a desenvolver um pequeno veículo de nome Salamander, que usava estrutura monobloco e suspensão com barras de torção. Foi produzido sob a responsabilidade da Morris na fábrica de Cowley, no condado de Oxford. No final dos anos 50 o projeto ADO15, que seria o pequeno-grande Mini, estava sendo desenvolvido junto com outro automóvel que teria características bem peculiares.

O exército britânico precisava de um pequeno veículo que fosse leve, fácil de guardar, que pudesse ser lançado de um avião ou helicóptero, por pára-quedas, e que chegasse a uma velocidade de 100 km/h. E que também pudesse ser carregado por alguns braços fortes. Os primeiros protótipos começaram fazer os testes em 1960. O projeto apelidado de Moke — que, segundo dizem, é o nome com que os australianos batizam os cavalos de má qualidade — foi apresentado ao Centro de Estudos e Pesquisas de Veículos de Combate em Chobham.

As rodas de apenas 10 pol chamam a atenção por destoar do jeito valente do Moke, cujas formas singelas eram bastante simpáticas

O Exército pediu alterações: quis que fosse mais alto e curto e que tivesse o motor mais protegido na parte inferior. A Marinha não gostou muito, nem a famosa Força Aérea Britânica, a RAF. Depois de muitos investimentos e esforços sem sucesso, a British Motor Company (BMC) decidiu oferecer uma versão civil de seu carrinho a quem não usasse farda. Foi então em 1963 que o Mini Moke começou um carreira de sucesso na Europa, Austrália e Estados Unidos. O pequeno jipe tinha comprimento de 3,05 metros, distância entre eixos de 2,03 m, não mais que 1,36 m de largura e 1,42 m de altura com a capota de lona. Era vendido pelas marcas Morris e Austin, como o próprio automóvel. Continua

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Data de publicação: 17/10/06

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