As peruas já estavam com 78 cv na versão ID e 83 na DS, como o sedã. No mesmo ano chegava o acabamento Prestige para o DS, muito luxuoso. Em 1964 morria o genial Bertoni, estilista do Traction e do DS, modelo que ganhava a versão topo-de-linha denominada Pallas. Por fora tinha novas calotas, frisos cromados abaixo das portas e faróis de neblina; o interior era muito luxuoso.

A Commerciale era a perua com vocação utilitária: com o banco traseiro rebatido oferecia 2,3 metros quadrados de área para carga, além da seção inferior da tampa traseira que facilitava a colocação

E no ano seguinte ganhava novo motor: o quatro-cilindros de 1.985 cm³, com cinco mancais no virabrequim, em vez de três, e mais potência. Desenvolvia 90 cv a 5.750 rpm com um carburador de corpo duplo Weber. A caixa de quatro marchas já era totalmente sincronizada – a alavanca continuava na coluna – e a transmissão passava a contar com juntas homocinéticas. Sua velocidade máxima era de 165 km/h.

Por dentro o DS mantinha a discrição. Os bancos eram confortáveis e como opcional podiam receber veludo ou couro. Os dianteiros eram reclináveis e na versão Pallas o assento tinha até nove regulagens. O painel trazia velocímetro, marcador de nível de combustível, temperatura do motor e relógio, retangulares, e vários botões salientes para diversos controles. Contava com ar-condicionado e aquecedor.

Motores de 2,0 e 2,1 litros melhoravam seu desempenho em meados da década de 1960: o mais potente, com 109 cv, atingia 185 km/h de máxima

Uma versão de maior cilindrada, o DS 21, oferecia 2.175 cm³ de cilindrada e potência de 109 cv a 5.500 rpm. O torque máximo de 17,7 m.kgf era atingido a 3.000 rpm. A velocidade máxima chegava a 175 km/h e os pneus eram mais largos, 180 x 380, em rodas de 14,9 pol de aro. Seus concorrentes eram o Volvo 122, o Rover 2000 TC, o Alfa Romeo 2600, o Mercedes-Benz "Fintail" e o Opel Kapitän.

Faróis orientáveis   Em 1967 o DS recebia uma grande modificação em estilo. A frente ganhava novo grupo óptico, em que atrás de uma lente em forma de amêndoa estavam quatro faróis. Os dois das extremidades eram fixos e os internos acompanhavam o movimento das rodas, recurso que mais tarde foi proibido em alguns países e só retornou há pouco tempo na Europa. Os quatro se autonivelavam conforme a altura da carroceria em relação ao solo. Na publicidade os argumentos eram fortes: "Dirija o DS à noite. Como os motoristas podem ficar cegos em uma curva?"

A frente remodelada em 1967 deixava o DS bem mais bonito, com quatro faróis atrás de lentes amendoadas; os internos focalizavam as curvas

Numa carroceria de desenho diferente, muito delicada de se alterar, os estilistas foram bem-sucedidos: estava muito mais bonito. A mudança foi realizada para a linha inteira, incluindo o cupê-conversível. Em sua faixa de preço e potência concorria com o Chevrolet Corvair Monza, Jaguar E-Type, Lancia Flavia Vignale, Mercedes 280 SE e Peugeot 404. Com o motor de 2.175 cm³ e 109 cv, chegava a 175 km/h. Continua

Nas telas
No filme O super cérebro (Le cerveau), uma produção ítalo-francesa de 1968, estrelado por David Niven e Jean-Paul Belmondo, o DS após um salto parte-se ao meio e continua rodando (abaixo). Uma comédia policial muito divertida.

Em O dia do chacal (The day of the jackal), de 1973, com Edward Fox e Michel Auclair, podemos vê-lo como carro da presidência, escapando de um atentado numa bela manobra. Toda a

trama se passa em 1962 e 1963. Suspense do princípio ao fim e histórico em todo o sentido.

No ótimo e divertido Prenda-me se for capaz (Catch me if you can), de 2002, com Leonardo DiCaprio, Tom Hanks, Christopher Walken e Martin Sheen, o DS aparece como carro de polícia em cenas de uma cidade do interior no sul da França.

Pelo desenho futurístico, o Citroën mereceu uma atuação até na aventura/comédia De volta para o futuro II (Back to the future - part II), de 1989, com Michael J. Fox e Christopher Lloyd. Com as rodas cobertas, era um táxi voador em 2015 – seis décadas à frente de seu lançamento!

No interessante Um homem sem face (The man without a face), com Mel Gibson, filmado no estado do Maine, nos Estados Unidos, o famoso ator é um professor que ajuda um adolescente. A família deste tem um belo DS 21 vinho e branco 1964, que aparece em muitas cenas. Também em Operação França (The French connection) de 1971, com Gene Hackman, Fernando Rey e Roy Scheider, logo no início um DS aparece.

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