Em 1969 os modelos recebem nova denominação: era então a série D. O mais simples era o D Spécial, com 1.985 cm³ e 91 cv, que chegava a 160 km/h. Acima havia o D Super (mesma cilindrada, 103 cv e 167 km/h), o DS 21 (2.185 cm³, 115 cv, 187 km/h) e o mais interessante e topo de linha, o DS 21 com injeção eletrônica Bosch, de igual cilindrada mas com 139 cv, que chegava a 190 km/h. Tão veloz quando os melhores sedãs europeus, podia ser equipado com uma caixa manual de cinco marchas ou com uma automática Borg Warner de três.

O painel de um DS 1972 com volante à direita: instrumentos circulares, mais convencionais, e o sistema de análise à esquerda, que apontava problemas como baixo nível de fluidos

Também a bordo apareciam novidades. O novo painel era composto de três mostradores circulares e, à esquerda, posicionados como os números de um relógio, 10 desenhos indicando pontos no carro onde poderia haver um problema – baixo nível de óleo no motor, água, carga da bateria, combustível etc. Ao centro, uma grande lâmpada vermelha acendia dando o primeiro sinal de irregularidade. Por fora ganhava maçanetas embutidas.

Na opção Pallas Prestige, topo de linha, dispunha de bancos de couro, ar-condicionado, vidro elétrico dividindo a cabine do motorista dos passageiros, apoios de braço à frente e atrás, interfone, radiocomando e telefone. Em todas as versões o painel e o volante de um só raio recebiam acabamento acolchoado. Por fora tinha teto de vinil, pintura metálica, vidros verdes, faróis com lâmpadas halógenas e belas rodas com calotas cromadas. Com toda esta parafernália chegava a 1.450 kg. A última novidade foi a versão DS 23, com motor de 2.347 cm³ a injeção e 141 cv, em 1973. O propulsor foi oferecido nos acabamentos básico, Pallas, na limusine Prestige e na perua.

Dois anos antes do fim chegava o DS mais potente, com motor de 2,35 litros e 141 cv: uma chave de ouro para encerrar a produção de um carro muito à frente de seu tempo

Tão avançado, o DS manteve praticamente a mesma carroceria até 24 de abril de 1975, quando o último deu adeus às linhas de montagem. Descontinuado após 1.456.115 unidades produzidas, passou o cajado para o CX, também de desenho ousado, embora muito menos inovador para seu tempo. Os conceitos avançados foram transmitidos a outros herdeiros, como SM, GS, BX, XM, Xantia e o recente C5, que deram continuidade à trajetória de inovação da marca francesa.

Ficha técnica
_ DS 19 (1955) DS 21 (1965) DS 23 M IE (1973)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 4 em linha
Comando e válvulas por cilindro no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 78 x 100 mm 90 x 85,5 mm 93 x 85,5 mm
Cilindrada 1.911 cm3 2.175 cm3 2.347 cm3
Potência máxima 75 cv a
4.500 rpm
109 cv a
5.500 rpm
141 cv a
5.500 rpm
Torque máximo 13,5 m.kgf a
2.500 rpm
17,7 m.kgf a
3.000 rpm
19 m.kgf a
2.500 rpm
Alimentação carburador de corpo duplo injeção eletrônica
CÂMBIO
Marchas e tração 4, dianteira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco / a tambor
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braço empurrado
Traseira independente, braço arrastado
RODAS
Pneus 165 x 400 180 x 380
DIMENSÕES
Comprimento e entreeixos 4,80 m / 3,13 m
Peso 1.125 kg 1.210 kg 1.340 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima 140 km/h 175 km/h 195 km/h

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