Alemães à americana
Conhecida como Fintail, esta série de Mercedes-Benz |
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Alguns automóveis assumem um apelido de forma tão marcante que, décadas mais tarde, passam a ser mais conhecidos por ele que por sua própria denominação. Fintail ou Heckflosse -- traseira com barbatanas em inglês e alemão, na ordem -- é como ficaram famosos os sedãs, cupês e conversíveis das séries W110, W111 e W112 (designação referente às plataformas) da Mercedes-Benz, produzidos entre 1959 e 1971. |
O antecessor
do Fintail, conhecido como Ponton A, era produzido desde 1953. Suas
versões de seis cilindros foram logo descontinuadas |
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A denominação oficial, no entanto, seguia a combinação de letras e números habitual da marca alemã. Os sedãs eram 190, 190D, 220, 220S, 220SE, 300 SE e 300SE LWB
(Long Wheelbase, entreeixos longo), substituídos em 1965 pelos 200, 200D, 230 e 230S (o 220 SE deu lugar ao 250SE, da série W108; os 300 SE e SE LWB foram sucedidos pelos modelos 300 das séries W108 e W109). Cupês e conversíveis eram chamados 220SE, 250SE, 300 SE, 280SE e 280SE 3.5. |
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Embora sutis em
comparação com alguns americanos, as barbatanas nos pára-lamas
traseiros foram suficientes para que o apelido Fintail se tornasse a
principal referência dos Mercedes desta linha |
De qualquer modo, as barbatanas eram quase imperceptíveis se comparadas às de modelos americanos da época, de que o
Cadillac Eldorado 1959 é o mais extravagante exemplo. A nova série vinha substituir os sedãs Ponton A,
cujas plataformas eram designadas como W120, W121, W105, W180 e W128. Fora desenhada com três diretrizes: estilo com toque italiano, prioridade ao espaço interno e aplicação de novos princípios de segurança para os ocupantes.
As versões 220, 220S e 220SE (chassi W111) foram as primeiras apresentadas, no Salão de Frankfurt de 1959, substituindo de imediato os Pontons de seis cilindros. |
Os modelos 220
foram os primeiros da série a chegar, com motor de seis cilindros,
2,2 litros e potências entre 95 e 120 cv |
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O interior do Fintail surpreendia pelo espaço, pois a seu tempo os fabricantes europeus comprimiam cada vez mais os passageiros a fim de reduzir o tamanho externo e o peso. Os bancos, como em todo alemão típico, pareciam duros ao primeiro contato mas demonstravam conforto em longas viagens. Seu revestimento podia ser de tecido, couro legítimo ou MB-Tex, um vinil que imitava
couro. Encostos de cabeça dianteiros e apoio de braço central traseiro eram aplicados às versões S e SE, sendo opcionais na 220.
Continua |
Carros do Passado - Página principal - e-mail Data de publicação deste artigo: 7/9/02 © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |