O A310 ganhava em estilo e amadurecia. Na França concorria em esportividade com o Renault Fuego e o Matra Murena, mas era mais potente e caro. Custava quase o mesmo que um Porsche 924 e um Datsun 280 ZX e bem menos que um Lotus Elite — tinha desempenho superior a todos eles, porém. No final de 1980 chegava a série 2. A grande novidade estava na suspensão traseira baseada na do Renault 5 Turbo, além de pára-lamas mais largos, novas rodas e discos de freios traseiros ventilados. |
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Com o pacote GT -- pára-lamas e rodas mais largas, aerofólio traseiro. novos pára-choques -- o A310 ganhava um ar mais esportivo, quase de carro de competição |
Três anos depois era apresentado como opção o Pack (pacote) GT, que
abrangia rodas mais largas da marca Gotti, com pneus 205/55 VR 15 na
frente e 285/40 VR 15 atrás; pára-choques pretos de dimensões maiores
e aerofólio traseiro mais volumoso. Estava intimidador e parecido com
um carro preparado para correr no Grupo 4. Os pára-lamas vinham ainda
mais largos, com saias salientes entre eles, e na coluna central
via-se um grande adesivo triangular com a inscrição V6 destacada.
Atrás, porém, o logotipo Renault era bem maior que o Alpine, já
demonstrando o desinteresse da grande fábrica pela divulgação da
pequena marca. Curiosamente a velocidade final perdia 10 km/h, mas o
carro ganhava em estabilidade, que permitia ótimo domínio. |
As linhas do GTA, mais suaves e harmoniosas, eram uma indicação da mudança de temperamento do carro, que ficava mais acessível a um motorista comum |
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Por
dentro mantinha a esportividade com discrição. Os mostradores do painel
tinham números vermelhos sobre fundo preto. Ganhava bancos esportivos,
assim como a decoração do volante, mas mantinha um defeito: aqueles com
mais de 1,80 metro de altura tinham dificuldade para encontrar conforto
e os que iam atrás sofriam mais ainda. Nessa época o esportivo já tinha
quase 14 anos de vida e havia vendido cerca de 13.500 exemplares, quase
o dobro da berlineta. A imprensa francesa, sempre muito severa,
reclamava do acabamento. Dizia-se que o pessoal da Alpine deveria passar
uns tempos na Alemanha ou na Inglaterra para saber que material
colocavam lá em seus esportivos. |
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O painel do novo Alpine continuava a transmitir esportividade e o ar-condicionado era de série, mas ainda faltava a direção assistida |
Também desejavam torná-lo mais conhecido, não só no continente europeu,
mas também nos Estados Unidos onde seria comercializado pela rede da
American Motors a exemplo dos Renault 5, 11 e
12. A frente ainda lembrava a do modelo anterior, mas os
pára-choques vinham na cor do carro, os faróis (um retangular e um
circular de cada lado) e sua proteção frontal eram maiores, havia novo
defletor e um capô dianteiro mais "limpo". |
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