R12 francês, sucesso mundial

O primo europeu de nosso Corcel foi bem-sucedido
no Velho Mundo e também aqui perto, na Argentina

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Em 1877 nascia em Paris Louis Renault. Sua paixão pela mecânica começou muito cedo e, em 1899, Louis fundava sua empresa, junto com o irmão Marcel, para produzir automóveis. Pouco antes da Primeira Guerra Mundial já era a primeira indústria automobilística francesa e, logo após a Segunda Guerra, se erguia com o modelo 4CV, conhecido aqui como Rabo Quente.

Em 1965, pouco depois do lançamento do R16, nascia o projeto 117. Seria o carro que substituiria o R8, bem-sucedido modelo de motor e tração traseiros. O novo carro teria que ser econômico e não ter maiores sofisticações. Em 1968 os carros com motor entre 1.100 e 1500 cm³ representavam 46% das vendas na Europa e a empresa francesa queria fazer parte deste percentual.

Lançado em 1969, depois do Corcel, o Renault 12 tinha tração dianteira, motor de 1,3 litro e linhas simples e arredondadas, com a traseira em declínio

Naquele ano, no Brasil, era lançado o Ford Corcel, irmão latino do futuro sucesso da Renault. Os estudos já haviam começado quando a marca francesa tinha acordos com a Willys, absorvida pela Ford. A empresa brasileira não abandonou a idéia, que seria vitoriosa.

O modelo lançado em 1969 foi um novo marco para a Renault. Ela apresentava no Salão de Paris, em outubro, o R12. Com três volumes e quatro portas, tinha linhas interessantes e diferentes. Nosso Corcel adotava linhas mais retas. Já o R12 tinha linhas mais inclinadas e ângulos mais agudos, já havendo uma preocupação aerodinâmica. Mas ambos não negavam o parentesco. O francês tinha 4,34 metros de comprimento e pesava 900 kg.

O interior era espaçoso e a perua tinha cinco portas, que sempre fizeram falta em sua equivalente brasileira, a Ford Belina

O motor dianteiro longitudinal tinha 1.289 cm³ e 60 cv de potência a 5.250 rpm. Usava taxa de compressão de 8,5:1, comando de válvulas no bloco e um carburador de corpo simples. A velocidade máxima era de 145 km/h e a tração dianteira, como no R16. Os freios eram a disco na dianteira e a tambor na traseira; a suspensão tinha molas helicoidais, com a dianteira independente e o eixo traseiro rígido. Os pneus 145 x 330 (aro em mm, equivalente a 13 pol) ajudavam na boa estabilidade.

Na Romênia, país do leste europeu, ao norte da Bulgária, era iniciada a produção do Dacia 1310, idêntico ao R12. Em 1970 era lançada a perua do modelo Renault, com cinco portas. Tal como no sedã, a visibilidade era muito boa e a capacidade de carga agradou a pequenas famílias. A motorização era a mesma, mas adotava pneus mais largos, era 6 cm maior e 50 kg mais pesada. Continua

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Data de publicação: 21/10/03

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