O novo Uno alcança a faixa de preço de alternativas com mais espaço
ou conveniência: confira como ele se sai diante de Sandero e C3

Há dois anos, o Gol Power e o Sandero Privilège saíram empatados em primeiro lugar em um comparativo de seis hatches pequenos com motores de 1,4 e 1,6 litro ("Placar da decisão"), que incluíam Corsa, Palio, Ka e Fiesta. Meses depois, em confronto de C3 GLX e 207 XS ao mesmo Sandero ("Evolução francesa"), a vitória foi do Citroën. Com o lançamento da segunda geração do Fiat Uno, decidimos fazer um desafio ao estreante envolvendo os melhores colocados daquelas duas oportunidades.

Na faixa citada só existe uma opção de motor para o Uno (1,4 litro, 85/88 cv), que aplicamos à versão Attractive com grande número de opcionais e preço final de R$ 41.510. O C3 GLX oferece motor 1,4 de 80/82 cv e bom nível de equipamentos por R$ 41.430 — e por tempo limitado a Citroën oferece a versão, com rodas de alumínio e bancos de couro, por R$ 38.000. No caso do Sandero, que não tem versão 1,4, o pouco mais potente motor 1,6 de 92/95 cv foi a seleção natural. Recebemos um na série limitada Vibe, que já se esgotou. A versão na qual ela era baseada, a Expression, custa com opcionais R$ 40.590. Então fomos ao catálogo da Volkswagen e... surpresa.

A versão Power 1,6 (também não há 1,4), com os opcionais que a deixariam no mesmo patamar dos outros, chega a R$ 46 mil, o que na linha Fiat daria para sair do Uno, pular o Palio e chegar ao Punto 1,6! A versão básica com pacote Trend e opcionais ainda sai por mais de R$ 43 mil — distante da média do comparativo. Assim, pela sede com que a VW foi ao pote, o Gol teve de ficar de fora.

Os três restantes, por outro lado, mostram-se competidores diretos nos quatro "Ps". Cobrem uma faixa de potência de 13 cv (com álcool), nos motores flexíveis de duas válvulas por cilindro, e têm a mesma proposta de uso: hatches compactos de cinco portas com desempenho mediano e espaço algo modesto, mais voltados ao uso urbano e a famílias pequenas, mas capazes de levá-las em viagens com relativo conforto e sem passar apuros pela falta de potência.

Em porte é que se nota maior variação, que chega a 25 centímetros em comprimento e 22 cm na distância entre eixos do menor (Uno) para o maior (Sandero). No entanto, nem o Renault chega a ser um carro médio para os padrões atuais, nem se espera que alguém deixe de comprá-lo apenas por esses centímetros adicionais... a não ser que a garagem seja muito pequena. Sobretudo porque em preço — aquele quarto "P" que torna os demais menos relevantes em muitos casos — há equilíbrio.

Portanto, a competição parte em condições iguais no que se refere ao bolso. Como será nos demais quesitos? Vire a página e veremos. Continua

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Data de publicação: 31/8/10

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