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O motor 1,4 do C3 destaca-se pelo funcionamento suave e silencioso, mas o peso do modelo o prejudica; o câmbio tem engates satisfatórios

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As melhorias no motor Fire do Uno foram discretas e o nível de ruídos e vibrações está inaceitável; o câmbio poderia ter pomo mais adequado

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Maior cilindrada leva o Sandero à liderança em potência, mas não em desempenho; o consumo é o maior e o câmbio está próximo dos rivais

Pontos que merecem correção: no Uno o porta-luvas é pequeno e sua posição baixa torna difícil ver os objetos (pior ainda para acesso às conexões de áudio), os vidros dianteiros não abaixam em 100% (o que sobra é mínimo, mas incomoda ao apoiar o braço ali) e a porta pode ser aberta sem intenção quando se quer apenas liberar a entrada de alguém por outra delas (nos oponentes há botão de destravamento no painel). No C3 a parte interna do capô com área não pintada deprecia o carro e faltam bolsas porta-revistas nos encostos dianteiros.

No Sandero as origens modestas aparecem nos puxadores das portas traseiras dos piores já vistos (cabe só a ponta dos dedos), no limpador de para-brisa sem função de varrida única e na falta de temporizador da luz interna. E há um defeito de desenho, de correção complexa: a ponta superior das portas traseiras, protuberante pelo formato escolhido, fica praticamente à altura dos olhos de pessoas na faixa de 1,70 metro e pode até ferir um passageiro menos atento (nas portas dianteiras há o mesmo risco, mas a ponta é menos saliente). Na parte externa, a fábrica parece ter esquecido um acabamento entre o capô e o para-brisa, onde se veem as dobradiças do primeiro.

No Fiat e no Renault a iluminação interna conta apenas com luz geral dianteira (central no Citroën). Além de deixar os passageiros de trás no escuro, acendê-la para o passageiro ao lado ler um mapa, por exemplo, traz incômodo ao motorista. No Sandero e no C3 falta a faixa degradê no para-brisa, que é opcional no Uno.

Se espaço for prioridade, a opção natural é o Sandero. Na frente os carros até estão próximos, com destaque para a boa altura útil, mas na traseira o quadro é outro. Enquanto o Renault acomoda três adultos em razoável conforto, com bom espaço para pernas, ombros e cabeças, os demais são críticos em largura, o Fiat deixa muito a desejar para as pernas e o Citroën, além de ter o teto mais baixo, usa um assento bem curto que deixa as coxas sem apoio. O Sandero também traz melhor acomodação para o passageiro central.

Capacidade de bagagem também é destaque no Renault, embora por menor margem: leva 320 litros, contra 305 do Citroën e 280 do Fiat, e tem o maior vão de acesso, aspecto em que o C3 é muito limitado pela altura da base. Banco bipartido está em todos, mas não inclui o assento, o que limita o aproveitamento da divisão. Onde o Renault pode incomodar é na posição do estepe embaixo da carroceria, que poucos apreciam, apesar da vantagem de dispensar a remoção de eventual bagagem para o uso. Os outros o trazem sob o assoalho interno. Em todos é usada roda de aço, mas com pneu de mesma medida dos outros que equipam os carros.

Mecânica, comportamento e segurança

A fórmula não varia muito de um para outro: motor transversal com comando único e duas válvulas por cilindro, flexibilidade em combustível, tração dianteira, câmbio manual de cinco marchas e os mesmos conceitos de suspensão. A unidade de 1,6 litro do Sandero consegue maiores potência e torque que as 1,4 dos demais, mas a vantagem é menor do que o esperado por se tratar de um motor antigo, de baixa potência específica (leia mais sobre técnica). São 92/95 cv e 13,7/14,1 m.kgf no Renault contra 85/88 cv e 12,4/12,6 m.kgf no Fiat e 80/82 cv e 12,6 m.kgf no Citroën.

O motor maior do Sandero traz desenvoltura, sendo possível acompanhar bem o tráfego com 2.500 rpm na maior parte do tempo, mas decepciona em alta rotação, quando as 16 válvulas do motor não mais disponível (está restrito à versão Stepway) deixam saudades. O Uno supera o C3 em agilidade, por ser bem mais leve (925 kg contra expressivos 1.091), mas seus propulsores são semelhantes no comportamento, com respostas lineares e potência razoável desde baixa rotação. Merece revisão no Fiat a atuação abrupta do acelerador logo no começo do curso: a medida, talvez intencional para dar sensação de um carro rápido, torna impossível um dirigir suave em baixa velocidade.

Apesar de maiores potência e torque, não foi o Sandero o que sobressaiu em desempenho na simulação do Best Cars: o C3 obteve a maior velocidade máxima, seguido pelo Uno, que por sua vez liderou todas as provas de aceleração e retomada de velocidade. Elementos como peso, aerodinâmica e relações de câmbio explicam essa aparente incoerência. Em consumo a vantagem foi também do Citroën, com o Fiat bem próximo em segundo lugar (veja simulação e análise detalhada).

Números à parte, o C3 agrada bem mais em nível de ruído e vibração, com a forma muito suave e relativamente silenciosa com que ganha rotações. Nesse aspecto, a sensação ao dirigir está próxima da encontrada em um carro médio. Os demais são um tanto ruidosos em qualquer condição, tanto pelo motor quando pelo escasso revestimento absorvente, em que caberia revisão pelos fabricantes. Na faixa de 2.500 a 3.000 rpm ambos transmitem vibrações aos pedais e, no caso do Uno, surge uma incômoda ressonância ao redor de 3.000 giros (100 km/h em quinta). Continua

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