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C3 destaca-se pelos faróis com duplo refletor e o acerto de suspensão, mesmo sem as rodas de 15 pol e as unidades de neblina do avaliado

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Economia nos faróis de refletor único do Uno, mas os de neblina vêm como opcionais; a suspensão está mais bem acertada que a do Palio

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No Sandero, faróis também com refletor único; a suspensão resulta em rodar confortável e comportamento dinâmico que transmite confiança

Se o grau de aspereza do motor Fire 1,4 do Palio já incomodava, fazendo dele um dos piores do mercado nesse aspecto, a sensação é de que a versão Evo do Uno tenha ficado ainda pior — talvez pela taxa de compressão mais alta, talvez por mau desenvolvimento de coxins ou pela soma desses fatores. É curioso que a fábrica tenha melhorado a suavidade de funcionamento logo da versão que dispensava esse trabalho, a de 1,0 litro, e que o 1,4 tenha ficado de fora da melhoria. Os coxins também não absorvem bem as oscilações em marcha-lenta, fazendo lembrar uma unidade a diesel. Esses aspectos do Uno estão realmente incompatíveis com a faixa de preço que a versão Attractive atinge e requerem atenção urgente do fabricante.

O comando de câmbio tem engates relativamente macios e precisos nos três, sem que sejam expoentes. Aplicar a marcha à ré é mais fácil no C3 e no Sandero — ela fica atrás da quinta e dispensa travas na alavanca — que no Uno com seu anel-trava, cuja aplicação era desnecessária, pois a ré usa a mesma posição daqueles modelos e há bloqueio interno contra engate involuntário. Também pode melhorar no Fiat a forma do pomo da alavanca: se fosse mais arredondada, encaixaria melhor na mão.

As suspensões de mesmos conceitos distinguem-se pela calibração. O C3 destaca-se entre os três em estabilidade, com fácil controle e boa aderência dos pneus (não pela medida, pois é 185/65 R 14, contra 185/70 R 14 do Sandero e a pouco mais estreita 175/65 R 14 do Uno). E com o novo acerto usado desde o modelo 2009 o rodar está confortável, embora permaneça um pouco ruidoso em pisos irregulares. No Sandero a precisão em curvas fica algo atrás do oponente, mas o conforto vem em boa medida — salvo pelos amortecedores traseiros, mais duros que o ideal. A distância entre eixos bem maior que nos concorrentes contribui para suavizar as oscilações longitudinais.

E como roda o novo Uno? Muito bem para quem conhece o padrão recente da linha Palio, em que toda a suspensão, macia em excesso, deixa o carro desagradável para andar rápido em curvas. O lançamento da Fiat passou pelo bom trabalho de calibração já notado na Idea, no Punto e no Linea: molas e amortecedores bem definidos para um comportamento sadio, sem comprometer o conforto — apenas as molas traseiras poderiam ser um pouco mais macias para quem usa o carro com pouco peso. Não menos importante, o carro ficou um "papa-lombadas", superando até mesmo o Sandero, também notável nesse quesito. Seus pneus são do tipo que reduz a resistência à rolagem, para pequena melhora em consumo de combustível; uma possível desvantagem é a dificuldade de reposição por se tratar de modelo inédito no mercado.

O C3 é o melhor em direção: a assistência elétrica consegue ser brilhante em baixa velocidade (quando é levíssima) e em alta (quando ganha peso ideal), enquanto as hidráulicas dos oponentes apenas cumprem seu papel. Ou menos que isso, pois no Sandero o peso em baixa velocidade deveria ser menor. Nos três carros os freios mostram potência adequada e fácil modulação para evitar travamento — o Uno abandona também essa antiga deficiência dos Fiats, a de resposta excessiva ao comando do pedal.

Uma vantagem do Sandero é usar discos ventilados na frente (atrás, todos recorrem a tambores), que fazem esperar maior resistência ao superaquecimento em uso severo, mas não foi detectada perda de eficiência nessa situação nos concorrentes. Sistema ABS está disponível apenas no Uno, associado a distribuição eletrônica de força entre os eixos; nos demais é preciso optar por versão superior para ter acesso ao sistema.

Os melhores faróis são os do Citroën, pelo uso de duplo refletor, sendo o tipo empregado (superfície complexa) o mesmo nos três carros. Faróis de neblina estão disponíveis só para o Uno (o Sandero trazia na série Vibe, mas não na versão de linha Expression; os do C3 avaliado não vêm de fábrica); já a luz traseira de mesmo fim equipa só o Citroën. Este e o Renault trazem os importantes repetidores laterais das luzes de direção, ausentes do Uno.

O novo Fiat não se parece com o antigo em visibilidade, que era quase irrestrita no modelo hoje chamado de Mille. Agora o painel está um tanto alto, as colunas dianteiras mais largas e avançadas e, apesar das grandes janelas laterais, há "paredes" entre elas e o vidro traseiro que criam enormes pontos cegos. Esse último efeito se repete no Sandero, mas nele a visão frontal é melhor. No C3 as colunas dianteiras são muito avançadas; já a visão para trás sofre menos. Em contrapartida, os retrovisores do Fiat são ótimos, enormes e convexos, assim como os novos adotados no Sandero. Os do C3, do mesmo tempo, são menores.

O C3 GLX hoje está sem opção de bolsas infláveis frontais, que os demais traziam nas unidades avaliadas, pondo-se em vantagem em segurança passiva. É preciso passar ao Exclusive, de R$ 42.800,  para ter as bolsas. Em nenhum deles o quinto ocupante tem direito a cinto de três pontos (encosto de cabeça vem no Sandero, estranhamente vinculado a bolsas infláveis, e no Uno), nem há pontos de fixação Isofix para cadeiras infantis. Continua

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