Reencontro em três volumes

Clio e Fiesta Sedan voltam a se confrontar, agora com
motores de 1,0 litro e acabamento mais simples

Este é o terceiro comparativo envolvendo Fiesta e Clio no BCWS. Em 2000 havíamos confrontado os hatches Clio RT e Fiesta Sport, com motores de 1,6 litro e potências de 102 e 95 cv, na ordem. Em abril último foi a vez dos três-volumes Clio RT e Fiesta Street, também com 1,6 litro, tendo o Renault passado a 110 cv. Agora, o lançamento da série limitada Clio RN Alizé enseja a comparação do Sedan de 1,0 litro, 16 válvulas e 68 cv ao Fiesta de mesma cilindrada, mas com oito válvulas e 65 cv.

Próximos no porte e na potência, esses sedãs custam quase o mesmo: com o segundo pacote de opcionais, que envolve ar-condicionado, direção assistida e outros itens incluídos de série no oponente, o Fiesta fica muito próximo dos R$ 25 mil que são o preço básico do Clio. A versão RN tende a passar a ser topo-de-linha para o Clio 1,0, já que a RT deixa de ser convidativa com a proximidade das alíquotas de IPI vigentes desde agosto.

Concepção e estilo   Pouco há a acrescentar nestes aspectos. A origem de ambos é bem conhecida: os modelos três-volumes surgiram para atender a mercados do Terceiro Mundo, como a Índia para o Fiesta e a Turquia para o Clio, e acabaram vindo ao Brasil (o Ford importado do México, o Renault produzido em São José dos Pinhais, PR) para competir no importante segmento de sedãs pequenos.

Embora um tanto defasado, o Fiesta agrada mais pelo estilo, em especial a traseira bem resolvida e harmoniosa. A do Clio é seu ponto fraco, evidenciando ter sido adicionada ao hatch, com um resultado nada equilibrado. Nestas versões os dois perdem faróis de neblina, rodas de alumínio e outros elementos que deixam as de luxo mais atraentes. Continua