![Clique para ampliar a imagem](../carros/vw/2010/amarok-av-2.jpg)
![Clique para ampliar a imagem](../carros/vw/2010/amarok-av-1.jpg)
![Clique para ampliar a imagem](../carros/vw/2010/amarok-av-8.jpg)
Em meio à beleza de Bariloche,
uma estreia da VW em termos mundiais -- a empresa nunca havia feito um
picape médio de seu próprio projeto
![Clique para ampliar a imagem](../carros/vw/2010/amarok-int-1.jpg)
![Clique para ampliar a imagem](../carros/vw/2010/amarok-int-4.jpg)
No interior, ótima posição de
dirigir e muitos equipamentos de conforto; painel usa marcadores
digitais para temperatura e nível de combustível |
Para um dos maiores fabricantes de caminhões do Brasil, era difícil
entender por que a Volkswagen ainda não participava do segmento de
picapes médios, limitando-se a oferecer o Saveiro na categoria leve. De
fato, nem mesmo na Alemanha a VW tem tradição em utilitários desse tipo
(leia boxe). Agora esse cenário muda com
a chegada do Amarok, de projeto totalmente novo, que começa a ser
produzido em Pacheco, na Argentina. As vendas iniciam-se em março por lá
e um mês depois no mercado nacional. Os europeus o conhecerão no Salão
de Genebra, também no próximo mês, e poderão comprá-lo a partir de junho
em mercados como Alemanha e Inglaterra. Austrália e países da África
também estão nos planos da divisão de veículos comerciais da VW alemã.
Com um nome que significa lobo na língua dos inuit — povo nativo do
norte do Canadá e da Groelândia —, o Amarok vem de início em uma só
configuração, com cabine dupla, acabamento de luxo (versão Highline),
motor a diesel de 2,0 litros com dois
turbocompressores, potência de 163 cv e torque de 40,8 m.kgf, câmbio
manual de seis marchas e tração temporária nas quatro rodas. Ainda este
ano deve chegar o propulsor com um só turbo, 122 cv e 34,6 m.kgf, assim
como versões mais simples em acabamento; a cabine simples está prevista
para o primeiro semestre de 2011. Opções de caixa automática e motor a
gasolina ou flexível estariam em estudos. A concorrência é formada
sobretudo pelo trio japonês: Toyota Hilux SRV, que custa hoje R$
119.630; Nissan Frontier LE, de
R$ 112.590; e Mitsubishi L200 Triton, a
R$ 110.170. Existem ainda os veteranos
Chevrolet S10 Executive, a R$ 100.436, e
Ford Ranger XLT Limited, de R$
99.970 — todos com motor a diesel, tração 4x4, cabine dupla e caixa
manual.
Entre os equipamentos de série estão bolsas infláveis frontais (não as
laterais, como informado pela VW em dezembro ao anunciar o Amarok),
freios antitravamento (ABS) com dois modos, rodas de 18 pol com pneus
255/60, controle eletrônico de tração, revestimento dos bancos em couro,
ar-condicionado com controle automático de temperatura separado para
motorista e passageiro ao lado, volante regulável em altura e distância,
ambos os bancos dianteiros com ajuste de altura, interface
Bluetooth, sistema de áudio com
rádio/toca-CDs/MP3 e capacidade de seis discos no painel. Controle de
estabilidade é opcional. Embora a marca alemã ainda não fale em preço, a
ser divulgado perto do início de vendas, pode-se estimar algo entre R$
110 mil e R$ 120 mil para essa primeira configuração. Os veículos de
avaliação do lançamento na Argentina foram segurados por 150 mil pesos,
algo como R$ 70 mil, mas os impostos são mais baixos por lá.
Cunhado nos
mesmos moldes dos concorrentes, o Amarok tem linhas fortes e modernas,
onde se mesclam poucas curvas e muitas retas, de forma a dar um
resultado digno de um veículo fora-de-estrada. As molduras nos
para-lamas fazem um reforço às linhas levemente em forma de cunha,
subindo da frente para a traseira. Em suma, o visual nada fica a dever
aos principais oponentes e traz bons dotes aerodinâmicos para um picape
desse porte, com Cx 0,425 e área frontal
de 3,035 m² (produto final de 1,29). No interior os plásticos são
melhoráveis para a faixa de preço, mas o projeto é um primor de
ergonomia, com tudo no lugar certo. Todos os comandos estão bem à mão, o
volante tem boa pega e o quadro de instrumentos é claro e bem legível.
Há indicação para trocar marcha, tanto para subir como para reduzir, e
que é adaptativo na subida: identifica o tipo de condução e orienta o
motorista de acordo. Só a buzina é de Gol básico e poderia ser de Golf,
ao menos.
O banco traseiro é o melhor dos picapes fabricados no Mercosul, com bom
ângulo de pernas e altura do assento, mas seu encosto ainda fica muito à
vertical, provavelmente pela dimensão da cabine. Lá atrás, a caçamba é
anunciada pela VW como a maior da categoria em todas as dimensões, como
o comprimento de 1,55 metro, a largura de 1,62 m e a superfície de carga
de 2,52 m². A boa altura do bordo de acesso, 78 cm, resulta da montagem
das molas da suspensão traseira ao lado e não por baixo do chassi tipo
escada. Ainda de acordo com a fábrica, o Amarok é o único da categoria
apto a transportar na caçamba um palete padrão Euro (120 x 80 cm) na
transversal, pela distância de 1,22 m entre as caixas de rodas. Há
quatro ganchos de amarração e uma tomada elétrica de 12 volts na
caçamba. A capacidade de carga é de 1.047 kg.
Continua |