Amarok, o lobo

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Bem aplicado o nome do novo picape Volkswagen, um lobo a uivar nos portões
de Toyota e Mitsubishi, as donas desse segmento de picapes de maior preço

Texto: José Rezende Mahar - Fotos: divulgação

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Em meio à beleza de Bariloche, uma estreia da VW em termos mundiais -- a empresa nunca havia feito um picape médio de seu próprio projeto

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No interior, ótima posição de dirigir e muitos equipamentos de conforto; painel usa marcadores digitais para temperatura e nível de combustível

Para um dos maiores fabricantes de caminhões do Brasil, era difícil entender por que a Volkswagen ainda não participava do segmento de picapes médios, limitando-se a oferecer o Saveiro na categoria leve. De fato, nem mesmo na Alemanha a VW tem tradição em utilitários desse tipo (leia boxe). Agora esse cenário muda com a chegada do Amarok, de projeto totalmente novo, que começa a ser produzido em Pacheco, na Argentina. As vendas iniciam-se em março por lá e um mês depois no mercado nacional. Os europeus o conhecerão no Salão de Genebra, também no próximo mês, e poderão comprá-lo a partir de junho em mercados como Alemanha e Inglaterra. Austrália e países da África também estão nos planos da divisão de veículos comerciais da VW alemã.

Com um nome que significa lobo na língua dos inuit — povo nativo do norte do Canadá e da Groelândia —, o Amarok vem de início em uma só configuração, com cabine dupla, acabamento de luxo (versão Highline), motor a diesel de 2,0 litros com dois turbocompressores, potência de 163 cv e torque de 40,8 m.kgf, câmbio manual de seis marchas e tração temporária nas quatro rodas. Ainda este ano deve chegar o propulsor com um só turbo, 122 cv e 34,6 m.kgf, assim como versões mais simples em acabamento; a cabine simples está prevista para o primeiro semestre de 2011. Opções de caixa automática e motor a gasolina ou flexível estariam em estudos. A concorrência é formada sobretudo pelo trio japonês: Toyota Hilux SRV, que custa hoje R$ 119.630; Nissan Frontier LE, de R$ 112.590; e Mitsubishi L200 Triton, a R$ 110.170. Existem ainda os veteranos Chevrolet S10 Executive, a R$ 100.436, e Ford Ranger XLT Limited, de R$ 99.970 — todos com motor a diesel, tração 4x4, cabine dupla e caixa manual.

Entre os equipamentos de série estão bolsas infláveis frontais (não as laterais, como informado pela VW em dezembro ao anunciar o Amarok), freios antitravamento (ABS) com dois modos, rodas de 18 pol com pneus 255/60, controle eletrônico de tração, revestimento dos bancos em couro, ar-condicionado com controle automático de temperatura separado para motorista e passageiro ao lado, volante regulável em altura e distância, ambos os bancos dianteiros com ajuste de altura, interface Bluetooth, sistema de áudio com rádio/toca-CDs/MP3 e capacidade de seis discos no painel. Controle de estabilidade é opcional. Embora a marca alemã ainda não fale em preço, a ser divulgado perto do início de vendas, pode-se estimar algo entre R$ 110 mil e R$ 120 mil para essa primeira configuração. Os veículos de avaliação do lançamento na Argentina foram segurados por 150 mil pesos, algo como R$ 70 mil, mas os impostos são mais baixos por lá.

Cunhado nos mesmos moldes dos concorrentes, o Amarok tem linhas fortes e modernas, onde se mesclam poucas curvas e muitas retas, de forma a dar um resultado digno de um veículo fora-de-estrada. As molduras nos para-lamas fazem um reforço às linhas levemente em forma de cunha, subindo da frente para a traseira. Em suma, o visual nada fica a dever aos principais oponentes e traz bons dotes aerodinâmicos para um picape desse porte, com Cx 0,425 e área frontal de 3,035 m² (produto final de 1,29). No interior os plásticos são melhoráveis para a faixa de preço, mas o projeto é um primor de ergonomia, com tudo no lugar certo. Todos os comandos estão bem à mão, o volante tem boa pega e o quadro de instrumentos é claro e bem legível. Há indicação para trocar marcha, tanto para subir como para reduzir, e que é adaptativo na subida: identifica o tipo de condução e orienta o motorista de acordo. Só a buzina é de Gol básico e poderia ser de Golf, ao menos.

O banco traseiro é o melhor dos picapes fabricados no Mercosul, com bom ângulo de pernas e altura do assento, mas seu encosto ainda fica muito à vertical, provavelmente pela dimensão da cabine. Lá atrás, a caçamba é anunciada pela VW como a maior da categoria em todas as dimensões, como o comprimento de 1,55 metro, a largura de 1,62 m e a superfície de carga de 2,52 m². A boa altura do bordo de acesso, 78 cm, resulta da montagem das molas da suspensão traseira ao lado e não por baixo do chassi tipo escada. Ainda de acordo com a fábrica, o Amarok é o único da categoria apto a transportar na caçamba um palete padrão Euro (120 x 80 cm) na transversal, pela distância de 1,22 m entre as caixas de rodas. Há quatro ganchos de amarração e uma tomada elétrica de 12 volts na caçamba. A capacidade de carga é de 1.047 kg. Continua

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Data de publicação: 8/2/10

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