

O desenho agradável da nova
Weekend ganha ar aventureiro com itens que vinham na antiga Adventure,
como molduras pretas de para-lamas


Os faróis baixos elipsoidais
são destaque; na traseira, a ampla quinta porta dá acesso a um bom
compartimento de carga, apto a 460 litros |
Mudanças são importantes. Elas contribuem para que qualquer carro se
mantenha no mercado, que continue com boa quantidade de unidades
vendidas e desejado pelo público. Para a Palio Weekend não foi
diferente. Sua primeira série apresentou em 1999 a versão
Adventure. Devido ao sucesso,
mesmo que por um curto período no mercado frente às demais versões, a
Fiat deu mais atenção à versão, que passou a ser — em termos mecânicos e
de equipamentos — equivalente ao acabamento de topo da gama, a HLX, por
ocasião da primeira reestilização
para 2001. Na terceira série, em
2004, a Adventure passou a ditar as normas da linha devido ao enorme
sucesso.
Agora, na última alteração de
desenho da Weekend, a linha foi apresentada com duas versões com apelo
fora-de-estrada frente a uma única sem esse aspecto — a versão de
entrada da gama, a ELX. Com as alterações profundas que a Palio
Adventure trazia para a linha, como bloqueio de diferencial, maior
altura em relação ao solo e grandes pneus de 15 pol, ficaria um vazio na
linha, que passou a ser preenchido por uma versão inédita: a Trekking.
Com o pacote original da Adventure, ou seja, os ajustes de suspensão e o
conjunto estético que aquele versão usava até então, a Fiat trocou o
motor do carro, equipando-o com o de 1,4 litro da linha Fire em vez do
1,8 fornecido pela General Motors. Com potência de 85/86 cv e torque de
12,4/12,5 m.kgf (a gasolina e a álcool, na ordem), é o mesmo da ELX. Com
isso, a lacuna foi preenchida e a Fiat ainda inovou no mercado ao
oferecer um carro com apelo aventureiro, motor de baixa cilindrada e
preço mais acessível.
Partindo de R$ 41.270,00, a Trekking é um dos carros mais baratos do
mercado com jeito fora-de-estrada. A
Peugeot 207 Escapade, com motor
de 1,6 litro e 16 válvulas, custa a partir de R$ 46.100, o
EcoSport 1,6 começa em
R$ 50.340, o Sandero Stepway 1,6 16V
custa R$ 41.790, e o CrossFox 1,6,
R$ 41.100. Vale notar que os dois últimos, assim como a Trekking, cobram
à parte por ar-condicionado, que é de série nos demais. Mas os
equipamentos de série são um tanto escassos para seu preço: direção
assistida, faróis de neblina, volante ajustável em altura, terceira luz
de freio. Todo o resto é opcional, como ar-condicionado, ajuste de
altura do banco do motorista, sistema de áudio, banco traseiro
bipartido, controle elétrico de vidros e retrovisores, rodas de
alumínio, bolsas infláveis frontais e freios antitravamento (ABS), entre
outros.
Por fora esta versão mostra bom resultado ao combinar suspensão elevada,
molduras pretas nos para-lamas (de linhas curvas, que para muitos são
mais agradáveis que as angulosas da nova Adventure) e a frente lançada
no Siena, com faróis elipsoidais no
facho baixo. O interior é o mesmo da ELX e o pacote de equipamentos de
série muda pouco — caso das barras longitudinais no teto, opcionais na
ELX e de série na Trekking, assim como o protetor do cárter. As
alterações se resumem aos acabamentos, cromados na ELX e pretos na
Trekking. O painel é o mesmo desde 2004, mas na última reestilização o
quadro de instrumentos para as versões equipadas com motor 1,4 foi
trocado.
A Fiat tirou o marcador de combustível analógico e instalou um digital, na
contramão das tendências, pois carros como Celta e Fiesta passaram do
digital para o analógico em nome da facilidade de leitura. Se a intenção
era eliminar um dos instrumentos para baixar custos, o fabricante podia
colocar como digital o marcador de temperatura, que continua no painel,
e manter o de combustível analógico. E todo Palio tem os difusores de ar
muito baixos para uso de ar-condicionado, algo que já passou a ser uma
característica do carro depois de 13 anos.
Continua |