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Pronta para o combate

Lombadas, buracos e valetas do dia-a-dia não
são páreo para a Palio Adventure, agora reformulada

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Depois de alguns meses de certo suspense, já que os detalhes de acabamento estavam ainda em definição, a Fiat colocou as ruas a Palio Adventure uniformizada com a nova linha. Apresentada em janeiro, a versão fora-de-estrada é a mais vendida (cerca de 35%) dentro da linha Weekend.

Além da reforma na frente e na traseira, que deu ar mais robusto a toda a linha Palio, e dos aprimoramentos internos, a Adventure trocou o motor 1,6 de oito válvulas e 92 cv, que foi descontinuado, pelo 16-válvulas de 106 cv e mesma cilindrada. Seus caracteres mais importantes permanecem, como a maior altura do solo (170 mm), pneus mais altos (175/80 R 14) e suspensão reforçada (molas e braços dianteiros, por exemplo, vêm do picape Strada).

Suspensão e pneus altos e reforçados deixam a Adventure apta a um fora-de-estrada leve, mas também confortável e robusta para os obstáculos urbanos

O estilo da versão, já atraente na antiga linha, ficou mais agressivo e agradável no modelo 2001. Traz grade e pára-choques em preto-fosco, maçanetas dianteiras com a inscrição Adventure, estribos laterais antiderrapantes de seção retangular e quatro faróis auxiliares, sendo dois de neblina e dois de longo alcance. Desapareceram a estranha cobertura fosca das colunas traseiras e a moldura plástica nas lanternas, que ornamentavam em excesso e foram criticadas em avaliação do BCWS (saiba mais).

Por dentro, painel e bancos redesenhados, ar-condicionado mais eficiente (enfim com controle gradual de temperatura; saiba mais sobre o antigo problema) e detalhes exclusivos, como grafia em amarelo e inscrição Adventure nos instrumentos. Agora há regulagem elétrica de faróis e banco traseiro bipartido, opcionais que o BCWS reivindicava. Exclusivo nos carros nacionais -- existiu apenas no Gol GTI 16V, de 1996 a 1999 -- é o subwoofer, alto-falante para sons mais graves, montado na lateral do porta-malas como opcional.

Painel traz grafia amarela e o logo Adventure. Além do interior redesenhado, há detalhes antes reivindicados, um ar-condicionado bem melhor e exclusivo falante de subgraves no porta-malas

Com a troca de motor, a Adventure ganhou 14 cv de potência e 2,4 m.kgf de torque -- embora este último seja atingido em regime mais elevado, por conta das 16 válvulas. Mesmo assim há força razoável desde baixas rotações, tornando agradável dirigir a perua na cidade, na estrada ou fora dela. Os aumentos de peso (25 kg) e área frontal e a piora na aerodinâmica (o Cx sobe de 0,32 para 0,35) naturalmente causam perda de desempenho: a velocidade máxima cai de 188 para 178 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h requer 10,9 s, contra 10 s da Stile (dados do fabricante). Mas continuam boas marcas. Continua

Parati EDP II

Corsa Tonga

Ainda sem concorrência
Peruas com certa aptidão para o fora-de-estrada, mesmo que desprovidas de tração integral, não são um conceito inédito. Nos anos 80 usuários transformavam a Parati e, no Salão do Automóvel de 1998, GM e Volkswagen apresentaram versões conceituais mais robustas, a Corsa Wagon Tonga (saiba mais) e a Parati EDP II.

Ambas adotavam pára-choques parrudos, proteções nos pára-lamas e suspensão mais alta. Curiosamente, nenhuma foi levada adiante e acabou ficando com a Fiat o mérito de explorar um segmento que, desde o fim da Belina 4x4, era apenas uma lacuna.

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