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Quando cai a máscara

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Um sedã espaçoso, macio e confortável ou um grande e rápido
esportivo para devorar curvas? O BMW 550i pode ser os dois

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: F. Samahá e Paulo Keller

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O desenho dessa nova geração conserva a identidade do Série 5, mas adiciona vincos marcantes que deixaram o grande sedã mais esportivo

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Os anéis de leds em torno dos faróis atuam como luz de posição e luz diurna; o número 550, como no modelo anterior, não indica a cilindrada

A gama Série 5 da BMW é reconhecida desde a primeira geração, lançada em 1972, como uma rara combinação de conforto e esportividade. São carros mais espaçosos e com mais itens de conveniência que um Série 3, mas sem chegar ao exagero de dimensões e peso de um Série 7. Além disso, desde 1993 é possível ter um desses amplos sedãs com motor V8 no lugar do já clássico seis-cilindros em linha da marca de Munique — o que, se deixa de lado uma de suas tradições mais prestigiadas, em contrapartida traz características de desempenho e suavidade de primeira linha.

Os elementos que fazem do Série 5 um automóvel especial foram ainda mais desenvolvidos em sua última geração, de codinome F10, lançada em 2009 na Europa, depois de 5,5 milhões de unidades vendidas das anteriores, e que chegou ao mercado nacional em junho. Para esta edição de 13º aniversário do Best Cars, ao lado da avaliação da Audi RS6 Avant, escolhemos a versão de topo desse BMW — a 550i — para um interessante contato que permitiu também acompanhar sua evolução desde a geração anterior (E60), analisada na mesma versão para o aniversário de 2006. O novo modelo tem preço sugerido a partir de R$ 395 mil.

Vale observar que, desde antes daquele 550i, a designação já não indicava com precisão a cilindrada do motor. Se no modelo anterior o motor V8 tinha 4,8 litros e aspiração natural, agora são 4,4 litros, redução mais que compensada pelo emprego de dois turbocompressores e de injeção direta. Dos antigos 367 cv a 6.300 rpm e 49,9 m.kgf a 3.400 rpm, passou-se a ter a potência de 407 cv, disponível entre 5.500 e 6.400 rpm, e o torque de 61,2 m.kgf na ampla faixa de 1.750 a 4.500 rpm — essa generosa distribuição é uma vantagem inerente aos turbos modernos, em que a pressão de superalimentação tem controle eletrônico.

Mesmo com o expressivo aumento de peso do 550i da geração anterior para a nova, de 1.660 para 1.830 kg, toda essa disposição aparece com clareza para o motorista. Ligado por um botão (a chave eletrônica pode ser mantida no bolso), o V8 desperta com um som encorpado, mas baixo o bastante para não incomodar quem espera apenas silêncio e conforto. Coloca-se a alavanca da caixa automática de oito marchas em drive, libera-se o freio de estacionamento com comando elétrico — operação que poderia ser automática, como em outros carros com tal mecanismo — e o grande sedã sai com agilidade, mas sem sobressaltos.

Se o objetivo for uma viagem em pleno conforto, basta manter o programa de funcionamento Conforto — selecionado por um comando dedicado no console — para que o 550i rode com maciez até exagerada para o que se espera de um BMW, respostas suaves ao pisar no acelerador e trocas automáticas de marcha em rotações moderadas. Chega-se assim a 120 km/h em oitava marcha com meras 1.750 rpm, quando basta acionar o controlador de velocidade adaptativo, dotado de radar, para seguir uma viagem segura e relaxada — mais sobre ele adiante. Ruídos, vibrações, asperezas? Desprezíveis, ou não seria um BMW de alto padrão.

Quanto mais rápido, menor  
Mas, convenhamos, para dirigir assim você encontra várias outras marcas de carros de luxo, algumas até mais reconhecidas pelo conforto. O trunfo do 550i é poder se transformar quase em um carro esporte quando provocado.

A primeira providência é alterar o programa de funcionamento, passando pelo modo Normal e chegando ao Esporte. Nele, pode-se escolher entre modificar apenas os parâmetros de trem de força (acelerador mais rápido e trocas automáticas de marcha em rotação mais alta, sendo a sétima e a oitava mantidas fora de uso), só os de chassi (carga de amortecimento, sistema de estabilizadores ativos e assistência de direção) ou todos eles. Em Esporte ainda há opção de usar o controle de estabilidade em modo normal, em outro mais permissivo, desativá-lo por inteiro ou manter ligado apenas o controle de tração, que não interfere na trajetória em curvas. Continua

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Da grade dupla à borda na tampa traseira, passando pela curva das janelas das portas traseiras, tudo no novo Série 5 tem as características BMW
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Data de publicação: 23/10/10

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