



Bem mais longo e com 15 cm
extras entre eixos, o A4 ficou imponente; a frente traz LEDs nos faróis,
recurso que cairia bem nas lanternas |
Aproximar-se ainda mais do requinte de um Mercedes-Benz e da
esportividade de um BMW: esse parece o objetivo permanente da Audi com
seu sedã médio A4, que chega à sexta geração se considerado o período
anterior como Audi 80 — a
denominação A4 é usada desde 1995 e, se a contagem se limitar aos carros
com esse nome, está na terceira geração. Lançado há quase um ano no
Salão de Frankfurt, o novo A4 estréia este mês no Brasil.
Ele aparece com uma plataforma nova e exclusiva da Audi — não mais
compartilhada com o Passat —, que cresceu em todas as medidas, exceto na
altura. O novo A4 tem 117 mm a mais no comprimento, 54 mm a mais na
largura e, muito expressivo, entreeixos 154 mm maior que o da
geração anterior, pois as rodas
dianteiras foram deslocadas para frente. Isso tornou-se possível pela
troca de posições do diferencial com a embreagem, no caso de câmbio
manual, ou com o conversor de torque da caixa automática.
Com 4,70 metros de comprimento, passa a ser o maior veículo da categoria
quando comparado a Mercedes-Benz Classe C
e BMW Série 3. Parte desse
crescimento se refletiu internamente, já que a cabine tem agora 29 mm a
mais de espaço para pernas no banco traseiro, 3 mm a mais de altura na
região dianteira e 6 mm a mais na altura para os passageiros traseiros.
O porta-malas passou a ter 480 litros de capacidade, superando em 20 o
anterior.
A sensação no interior do carro é que ele de fato cresceu, sobretudo
atrás, mas por fora não parece tão maior assim. Transmite uma sensação
de carro robusto e encorpado, mas não de automóvel grande e pesado, como
o aumento das dimensões poderia sugerir. Tal sensação pode ser creditada
ao belo trabalho que os projetistas da Audi desenvolveram ao desenhar o
A4. A frente traz a grade que já se tornou identidade da marca e que vai
até a região inferior do pára-choque, mas incorpora grandes entradas de
ar nas laterais inferiores dessa peça, em forma de defletores, em um
conjunto imponente e elegante.
O coeficiente aerodinâmico (Cx) é bom,
0,28, mas a grande estrela da frente são os faróis, agora dotados de 14
LEDs que têm a função de luz de posição,
além de trazer lâmpadas de xenônio tanto
no facho baixo quanto no alto. A inclusão dos LEDs deixa o carro com
aspecto muito interessante à noite. Não há nada comparável em qualquer
faixa de mercado, a não ser no segmento de superesportivos com o
R8 da própria Audi. Para o público que se
apega a esse tipo de novidade, é um grande apelo.
As laterais mantêm a linha de cintura alta, com os vidros representando
a menor porção, como é comum na linha Audi, e um vinco em sua parte
superior que acompanha toda a extensão do carro. Outro vinco na parte
inferior da carroceria projeta-se para cima após as portas traseiras,
para trazer fluidez ao desenho da lateral e buscar um perfil mais
semelhante a um cupê. A traseira reformulada é um pouco mais baixa que a
do modelo anterior. As lanternas têm inspiração nas do cupê A5, com seu
perfil horizontal e corte diagonal na base da parte fixada à tampa do
porta-malas. O conjunto é bonito, mas poderia contar com LEDs. Bem que a
marca poderia ter inovado também aqui.
No interior predominam couro e alumínio, sendo este tipo de acabamento o
padrão para o carro — a marca busca para esse produto identificação
maior com o lado esportivo que com o lado clássico. Entretanto, se o
cliente preferir acabamento em madeira, pode solicitar.
Continua |