O SD1 competia com modelos de certo prestígio, como o sueco Volvo 264, os franceses Citroën CX e Peugeot 604, o alemão Audi 100 e o compatriota Ford Granada, mas oferecia desempenho comparável ao de sedãs de maior luxo: a velocidade máxima de 200 km/h e a aceleração de 0 a 96 km/h em 8,6 segundos estavam próximas às de BMW 2500, Jaguar XJ 4,2-litros e Mercedes-Benz 280 SE, embora o Rover fosse ao menos 25% mais barato que eles. Só o Granada V6 de 3,0 litros andava tanto quanto o SD1 a um custo similar, mas tinha um desenho bem mais conservador. |
O Rover visto em corte: entreeixos de 2,82 metros, a praticidade da quinta porta e o conhecido motor V8 de 3,5 litros, que gerava 155 cv |
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A
imprensa recebeu o novo inglês com euforia. A revista Motor
opinava que o V8, "suave como uma turbina, parece um tanto mais
vigoroso que o do antigo 3500, subindo rápido de giro até 6.000 rpm".
A Autocar escreveu que o carro "justifica qualquer tipo de
entusiasmo". Em 1977 ele era eleito Carro do Ano por jornalistas
europeus, um título que a Leyland não conquistava desde o BMC 1800, em
1964. No entanto, a capacidade de produção da empresa ficou longe de
atender à demanda. Uma greve na fábrica agravou a situação e, logo no
momento em que o carro chegava a outros mercados europeus, não era
encontrado nas concessionárias. |
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O V8S: uma preparação para o mercado americano, com teto solar elétrico, ar-condicionado e outros itens que eram opcionais no 3500 |
O
SD1 V8 recebia as primeiras alterações em julho de 1979, por meio da
versão V8S. Vinha de série com todos os itens que eram opcionais no
modelo conhecido, incluindo ar-condicionado, lavador e limpador de
faróis, encostos de cabeça à frente e atrás e teto solar com comando
elétrico. Era uma preparação para vender o carro no ano seguinte nos
Estados Unidos, onde esses equipamentos seriam exigidos pelo mercado.
Naquele país a potência era reduzida a 132 cv, devido ao controle de
emissões poluentes, e as linhas perdiam harmonia com pára-choques mais
robustos e quatro faróis circulares. |
Na versão Vitesse o SD1 ganhava o desempenho de um esportivo, com injeção, potência de 190 cv e itens aerodinâmicos |
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Pouco depois, em junho, aparecia o SD Turbo, com motor diesel de 2,4
litros e 90 cv adquirido da italiana VM, voltado sobretudo aos
mercados francês e italiano, já que esse combustível não era forte na
Inglaterra. Em outubro chegava o mais "quente" dos SD1, o Vitesse
(velocidade em francês). Com injeção eletrônica Lucas e outras
mudanças, o V8 de 3,5 litros passava a interessantes 190 cv a 5.300
rpm e 30,4 m.kgf a 4.000 rpm, enquanto a parte externa ganhava
esportividade com rodas especiais, defletores e saias e um
rebaixamento da suspensão. Com desempenho comparável ao do
Saab 900 Turbo e ao do
BMW 528i, foi considerado pela
Motor um "Aston Martin dos pobres". O mesmo propulsor tornava-se
disponível em 1984 para o Vanden Plas, com câmbio automático. |
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