Por dentro, o painel exibia fundo com imitação de madeira e velocímetro com escala horizontal. O volante de dois raios tinha logo atrás a alavanca de câmbio, na coluna, e o freio de estacionamento vinha abaixo do painel. Os bancos dianteiros eram reclináveis e o encosto traseiro podia ser rebatido, aumentando muito o volume interno.

O painel de um R16 TS com volante à direita: diversos instrumentos e alavanca de câmbio na coluna de direção

No mesmo ano do lançamento foi considerado o Carro do Ano, deixando o Rolls-Royce Silver Shadow em segundo. Além dos franceses citados, outros concorrentes na Europa eram o Fiat 1500, o Ford Taunus 17 M e o Autobianchi Prímula, que também tinha cinco portas.

Em 1968 o motor ganhava fôlego: passava a 1.565 cm³ e 85 cv a 5.750 rpm, graças a novas câmaras de combustão hemisféricas, válvulas com disposição em "V" e carburador de corpo duplo. Ganhava também pneus com novas medidas, 155-355 (aro em milímetros, quase 14 pol), pois a velocidade havia aumentado sensivelmente: chegava a 167 km/h, incomodando modelos mais potentes e de outras categorias.

O interessante sistema de suspensão traseira independente, com barras de torção, resultava em distâncias entre eixos diferentes em cada lado

Este motor era básico para a linha Renault, em que equipava os Alpines A110 e A310, o R12 Gordini, o R17 TS e o Fórmula Renault. Nestes a potência variava entre 90, 105, 120 ou 170 cv, conforme a preparação.

Na versão TS,  que teve o painel reformulado, o R16 contava com novos mostradores circulares. Por fora recebia grade preta, calotas com desenho esportivo, faróis auxiliares com lâmpadas halógenas e menos detalhes cromados. O motor do TS equipava as versões exportadas para os EUA e Canadá, só que recebia equipamentos antipoluentes e ficava menos potente. Por fora tinha faróis circulares e reforços no pára-choque. Sua denominação na América do Norte era Sedan-Wagon.

Com opção de motores de até 1,65 litro e 93 cv, o R16 foi um sucesso: 1,8 milhão de unidades vendidas em 13 anos de produção

Em 1972 já contava com controle elétrico dos vidros e travas, ar-condicionado, bancos de couro e teto solar. Por fora as mudanças estéticas haviam agradado, com lanternas traseiras retangulares. Dois anos depois aparecia a versão TX, com faróis duplos quadrados, grade mais larga e spoiler cromado no final da capota. O motor ganhava mais potência: 1.647 cm³, 93 cv e taxa de compressão de 9,21:1. A velocidade final era de 170 km/h, com o novo câmbio de cinco marchas, e 165 km/h com o automático de três velocidades. Este mesmo motor equiparia o famoso esportivo Lotus Europa.

O R16 foi um sucesso mundial, também fabricado ou montado no Canadá, Austrália, Venezuela, Marrocos, Argélia e em Portugal. Ao todo foram produzidos 1,8 milhão de automóveis e sua produção foi encerrada em 1978. O sucessor R30 também era um dois-volumes. Seu estilo influenciou várias marcas, tendo inspirado o VW Passat, o Opel Ascona (nosso Monza), o Hillman Avenger (Dodge 1800), o Citroën GS e o Simca 1307.

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