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A entrada na modernidade

Elegante e confiável, o Peugeot 403 teve uma grande
família e deu início à parceria francesa com Pininfarina

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A empresa francesa Peugeot Automobiles S.A. fabrica automóveis desde o início do século 20. Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo 203 estava antiquado e precisava ser substituído. Em 1951 nascia o projeto do novo carro -- e também de uma parceria vitoriosa, que se estende até os dias de hoje, com a famosa empresa italiana Pininfarina, projetista de carrocerias de diversas marcas em todo o mundo.

Em 1955, no Salão de Paris, era apresentado ao público o Peugeot 403. Tratava-se de um sedã de quatro portas e três volumes, cuja carroceria convencional tinha o desenho de acordo com sua época. Como seus antecedentes, era um carro bem fabricado e muito robusto.

Primeiro Peugeot desenhado pelo estúdio italiano, o 403 surgia no Salão de Paris de 1955 com linhas discretas e de bom gosto e motor 1,3 de 54 cv

Na frente sua grade era oblonga com contornos cromados e um friso central que a cortava como um bigode. Era ladeada por dois faróis circulares e, abaixo destes, as luzes de posição. Visto de lado, tanto a frente quanto a traseira tinham linhas elegantes, equilibradas e ligeiramente curvas. Na coluna central, "bananinhas" para sinalizar a direção. Atrás, pequenas lanternas oblongas, dispostos verticalmente, sendo que a do lado direito ocultava o bocal para abastecimento de combustível. Como opcional eram oferecidos o teto solar e a carroceria em duas cores, no estilo "saia e blusa".

Seu motor era dianteiro, de 1.290 cm3, com potência de 54 cv a 4.500 rpm e taxa de compressão de 7,3:1. As válvulas estavam no cabeçote mas o comando era lateral, no bloco. A alimentação era feita por um carburador Zenith em posição invertida. A velocidade máxima deste automóvel tipicamente familiar era de 130 km/h. Tinha uma mecânica simples, convencional, de fácil manutenção e muito robusta. Freqüentava muito pouco as oficinas. Media 4,45 metros de comprimento e pesava 1.000 kg.

O estilo não mudou durante sua produção, mas este modelo 1959 já oferecia motor de 1,5 litro e embreagem automática, entre outras evoluções

A caixa de câmbio tinha quatro marchas, todas sincronizadas, e a alavanca de câmbio ficava na coluna. A tração era traseira. A suspensão dianteira era independente, com feixes de molas transversais, e a traseira com eixo rígido, molas helicoidais e barra Panhard. Longe de ser um esportivo, o 403 era estável. Usava pneus na medida 155 x 380 (14,9 pol), que poderiam ter faixas brancas. Os freios eram a tambor.

Por dentro acomodava com conforto cinco pessoas. O volante de dois raios tinha diâmetro grande, como era comum nos anos 50. O painel era todo em chapa, mas a parte superior recoberta com curvim. Tinha um grande porta-luvas e no centro um alto-falante para um rádio. Seus concorrentes na França eram o Panhard PL17, o Simca Aronde e o Renault Frégate. Na resto da Europa, o sueco Volvo Amazon, o Fiat 1500 e o Ford Corsair. Continua

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Data de publicação: 13/5/03

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