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Como ocorre hoje na 307 SW, a perua 403 Familiar tinha maior entreeixos e oferecia mais dois lugares para crianças; havia também a versão Comercial

Ainda em 1955 era oferecido um motor mais potente, com 1.468 cm3 e 65 cv, alimentado por um carburador invertido Solex. O câmbio era mais longo, e a velocidade máxima, de 135 km/h. Para este os pneus eram 165 x 380. Por dentro ganhava um relógio retangular e marcador de temperatura.

Em 1956 chegava um charmoso conversível duas portas, com capota de lona. Uma das grandes vantagens desta era a simplicidade de armar e desarmar. Com cores vivas, contrastava com a austeridade do sedã. Era um pouco maior, tinha 4,47 m de comprimento e acomodava bem quatro adultos. Um carro para o lazer que era muito fácil de ser dirigido. A partir do Cabriolet o fabricante de carrocerias especiais Chapron fez um belo cupê, que infelizmente não foi produzido em série.

O conversível adicionava descontração ao caráter sisudo do sedã; tinha na fácil montagem da capota de lona um destaque

Para completar a linha juntavam-se as peruas, de cinco portas, Comercial e Familiar, que tinham o entreeixos maior (como hoje com a 307 SW) e comprimento de 4,61 metros. Como é tradição francesa, na versão Familiar possuía o terceiro banco, que acomodava mais dois passageiros. Neste caso o bagageiro sobre a capota, opcional, era bem-vindo. Baseado na perua houve a versão picape. Em todos os modelos não existiam mais as "bananinhas", que cediam lugar a verdadeiros pisca-piscas.

Em 1957, como opcional, era oferecida a embreagem eletromagnética da marca Jaeger, que dispensava o terceiro pedal. Um ano depois, o leão que ornamentava o capô era eliminado por razões de segurança. Em 1959 chegava a versão com o menor motor diesel para carros de passeio no mundo: 1.816 cm3 e 55 cv a 4.000 rpm. Tinha a velocidade máxima de 115 km/h e seu consumo chegava a 15 km/l.

O 403 no rali Safári africano: sexto lugar, sendo que o primeiro foi do 404, seu sucessor mais tarde

Em 1961 a Peugeot lançava o modelo 404, que seria o substituto natural do 403. Mas este ainda tinha fiéis compradores e não saiu de linha. Já em fim de carreira, enfrentou com galhardia o famoso e temido rali East African Safari de 1963. Chegou em sexto lugar, sendo que o irmão mais novo, o 404, chegou em primeiro. Também participou de vários ralis europeus, como o de Monte Carlo e regionais, sempre com destaque.

Somente em 1965 deixava de ser produzido, após 1,2 milhões de unidades. Fez muito sucesso entre a burguesia do interior da França e ficou muito conhecido em toda a Europa. Na África e Oriente médio, as versões Comercial e picape ficaram mais evidentes.

Mecânica tradicional: tração traseira, suspensão dianteira independente e traseira de eixo rígido com molas helicoidais

Ganhou notoriedade mundial graças ao seriado americano Columbo. O detetive, interpretado por Peter Falk, utilizava em suas investigações um 403 conversível cinza. Em recente depoimento, ele disse que os estúdios Universal dispunham de 50 carros diferentes para que ele escolhesse e usasse na série. Mas ele não quis nenhum deles e quando se deparou, na rua, com um 403 arranhado e amassado, logo o escolheu. Junto com o charuto e o velho sobretudo, aquele carro de 1960 completaria o personagem pitoresco. Foram usados dois nas filmagens ao longo dos anos. O seriado está há 30 anos no ar...

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