Com opções de motores desde 65
cv, o 405 podia atender a diferentes públicos; a suspensão independente
contribuía para ótima estabilidade |
Sua
carroceria era muito bonita, moderna e com três volumes bem distintos.
Após passar 550 horas de túnel de vento, a Peugeot chegou ao
coeficiente aerodinâmico de 0,31, um dos
melhores na classe. Tinha vidros amplos e rentes à carroceria e quatro
portas de bom tamanho. Media 4,40 metros de comprimento, 2,66 m de
distância entre eixos, 1,69 m de largura e 1,40 m de altura. Seu peso
partia de 970 kg.
Os faróis trapezoidais, que faziam conjunto com as luzes de direção, se
harmonizavam à discreta grade na mesma cor da carroceria, de frisos
horizontais. As lanternas traseiras eram retangulares e os parachoques,
também na cor do carro, recebiam borrachões de proteção. Na versão mais
simples, GL, havia calotas de desenho simples em aros de 14 pol. Estavam
disponíveis cinco motores e 10 tipos de acabamentos. Os propulsores eram
quase todos da série XU, apresentada pela Peugeot em 1981. Com
cilindrada entre 1.360 e 1.998 cm³, equipavam os modelos
205, 305 e 309. Todos eles tinham
quatro cilindros em linha em posição transversal, com bloco e cabeçote
de alumínio, comando de válvulas no cabeçote
e tração dianteira.
De
65 a 158 cv
O mais acessível, da linha TU, era alimentado por um carburador de corpo
simples e contava com 1.360 cm³, potência de 65 cv e torque de 11,3
m.kgf. Com câmbio de quatro marchas, fazia de 0 a 100 km/h em 16
segundos e tinha velocidade máxima de 160 km/h. Pacato, vinha competir
com o BX de mesmo motor, o italiano Fiat
Regata, o Ford Orion (sedã baseado no
Escort), os alemães Ascona 1,3
(que logo daria espaço ao Vectra)
e VW Jetta e o sueco
Volvo 340.
Acima vinha o motor intermediário de 1.580 cm³, 92 cv e 13,7 m.kgf, com
carburador de corpo duplo. Disponível na versão GL, fazia de 0 a 100
km/h em 12 s e alcançava 182 km/h. Não consumia muito e sua autonomia
era grande, graças ao tanque de 70 litros. A direção não tinha
assistência, mas não era pesada e trazia regulagem de altura do volante,
aumentando o conforto. Muito estável, como era norma da casa, o 405
tinha suspensão dianteira com desenho semelhante ao esquema McPherson e
molas helicoidais. A traseira contava com braço arrastado e barras de
torção, conceito típico da indústria francesa já na época.
Seu painel trazia no centro relógio e velocímetro; uma luz-piloto
indicava o desgaste de pastilhas de freio. O volante era de dois raios e
desenho simples. Os bancos confortáveis usavam acabamento em tecido de
boa qualidade e o de trás incluía apoio de braço. O porta-malas era
muito bom.
Continua
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