Peugeot
- L'Aventure Automobile - por Dominique Pagneux, editora
Etai. Na ausência de livros específicos sobre o 405 (há apenas
manuais de manutenção), vale a pena conferir um histórico de
toda a marca nesta obra em francês (foto), que tem 270
páginas e foi publicada em 2006.
Peugeot, la Marque au Lion: L'Aventure Peugeot des Origines a
Aujourd'hui - por André Costa, editora Ronald Hirlé. Com
prefácio de Thierry Peugeot, o livro em francês traz em 196
páginas a história da marca contada por um dos mais experientes
jornalistas franceses, que trabalhou em L'Auto Journal de
1950 ao começo da década de 1990. Publicado em 2005. |
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No Paris-Dacar (em cima) ou na
subida de montanha de Pikes Peak, as versões de competição do 405
mostraram resistência e muita valentia |
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Este automóvel competia em preço com BX 16 S, Renault 21 TS, Audi 80 1,8, Sierra 1,8
GL, Fiat Croma 1,6 e Nissan Bluebird 1,6 SLX. Uma boa pedida para
acrescentar desempenho era o 405 1,9 GR. Tinha 1.905 cm³, 110 cv e 16,3
m.kgf, também com carburador duplo. A caixa era de cinco marchas e a
final passava a 190 km/h. Já competia com carros de certo prestígio,
como Alfa Romeo 75 e BMW 318i, além do Mazda 626 GT. E a melhor opção em
termos de esportividade era a Mi 16 S, lançada em setembro de 1987. Com
ampla gama de motores para atender a vários tipos de público, o 405
entrava em um segmento de sedãs médios de alto desempenho. Seus
concorrentes eram o BX GTi e o R21 Turbo. Havia também o
Mercedes-Benz 190 E 2.3 16, mas ele custava
quase o dobro dos franceses.
Também de 1.905 cm³, o motor recebia duplo comando e quatro válvulas por
cilindro — junto com o BX GTi, foi o primeiro motor francês com tal
recurso. Contava com injeção eletrônica Bosch Motronic,
taxa de compressão mais alta (10,4:1) e
fornecia 158 cv e 18 m.kgf. Também com caixa de cinco marchas, a
velocidade máxima era de 220 km/h e o carro atingia os 100 km/h em
apenas 8,9 s. Este leão rugia forte. Para frear a fera, os quatro freios
eram a disco, sendo os dianteiros ventilados, e usavam sistema
antitravamento (ABS) Bendix. Os pneus Pirelli P600 tinham a medida
195/60 R 14 em bonitas rodas de alumínio com formato de estrela de cinco
pontas.
Por fora exibia defletor dianteiro com faróis auxiliares, saias laterais
e aerofólio traseiro. Havia ainda uma faixa preta contornando toda a
carroceria na altura dos parachoques. No geral continuava discreto,
conforme a cor escolhida. Por dentro chamavam a atenção os bancos
esportivos, com desenho envolvente na frente e ajuste de altura, e o
volante de três raios. Nesta versão havia assistência hidráulica de
série para a direção. O painel tinha tudo que um esportivo precisasse,
como contagiros e manômetro de óleo. Como opcionais podia receber
ar-condicionado, bancos de couro, teto solar com acionamento elétrico e
quatro marcas de rádio/toca-fitas.
A fábrica de Sochaux havia se modernizado para receber o novo automóvel.
Todo o processo de soldagem, montagem e colagem de painéis metálicos era
robotizado. O processo de pintura também era novo, para proteção muito
maior. Estava pronto para rodar tanto no frio Canadá, para onde era
exportado, quanto no calor do Egito.
Em 1988 eram lançadas as versões a diesel, que não só agradavam a
taxistas de grandes metrópoles, mas também a famílias que priorizavam a
economia. Ao lado da Mercedes, a Peugeot é um dos fabricantes com maior
tradição nesse campo, razão para que tenha fornecido motores a diesel
para numerosas marcas. A versão básica tinha 1.905 cm³, pois usava o
mesmo bloco da versão a gasolina, e rendia 71 cv e 12,1 m.kgf, para
fazer de 0 a 100 km/h em modestos 18 s e chegar a 165 km/h. Também tinha
câmbio de cinco marchas. A marca dominava a tecnologia de turbos, tanto
em motores a gasolina quanto a diesel. A versão 1,9 Turbo D usava o
equipamento para obter 92 cv e 20 m.kgf e atingir 182 km/h.
Continua
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