


Sem um sedã, a linha compreendia
hatches de três e cinco portas e a perua; o interior mostrava grande
semelhança com o do Monza nacional |
A
versão fastback de 1,8 litro e 80 cv, produzida pela Isuzu no Japão e
exportada para os EUA para ser vendida como Opel Isuzu, era comparada
pela Popular Science em 1976 aos também nipônicos
Dodge Colt e Plymouth Arrow, de
origem Mitsubishi. Esse derivado oriental do Kadett saiu-se bem em
facilidade de manejo, economia e visibilidade, mas ganhou notas baixas
em aceleração, conforto de marcha, nível de ruído e espaço interno.
Uma revisão de estilo era adotada na linha 1978, com luzes de direção
dianteiras ao lado dos faróis e o emblema do raio da Opel no centro da
grade. Também novo era o SR com motor de 1,6 litro, 75 cv e 11,5 m.kgf,
associado a volante de quatro raios, conta-giros e pneus mais largos.
Embora a fabricação cessasse na Alemanha no ano seguinte para abrir
caminho a uma nova geração, o mercado germânico ainda dispunha do Kadett
C com outra origem: era o Vauxhall Chevette (leia boxe abaixo),
exportado da Inglaterra entre 1980 e 1982.
Revolução
técnica
Com a
geração C a Opel havia insistido na tradicional concepção de tração
traseira, então em declínio entre os modelos compactos, por desvantagens
como maior peso e perda de espaço interno com o túnel central de
transmissão. Além disso, passar à tração dianteira permitiria colocar —
como no pioneiro Mini inglês e muitos modelos
que o seguiram — o motor em posição transversal, para maior eficiência
na transmissão de energia e frente mais curta.
Esses atributos haviam crescido em relevância desde a primeira crise do
petróleo, de 1973. O êxito do VW Golf, lançado um ano depois do Kadett C
já com motor transversal e tração dianteira, foi decisivo para que a
Opel olhasse com outros olhos essa arquitetura, que seria inédita no
braço alemão da GM. Mas não foi uma transição fácil, pois muitos
acreditavam ser a tração traseira insuperável em condições críticas,
como subidas com piso de baixa aderência. Ainda assim, a corrente pelo
conceito tudo-à-frente venceu e com ele foi desenvolvida a geração D do
modelo de entrada da Opel.
Apresentado no Salão de Frankfurt em setembro de 1979, o novo Kadett era
diferente já nas opções de carroceria: não mais havia um sedã de três
volumes. Os hatchbacks estavam consagrados e foi essa a versão escolhida
como principal, com escolha entre três e cinco portas, ao lado da perua
Caravan com iguais alternativas. Para os adeptos do isolamento da cabine
trazido pelos sedãs, existia uma opção com o mesmo formato do hatch, mas
com vidro traseiro fixo e pequena tampa de acesso à bagagem.
As novas tendências de estilo podiam ser vistas nas linhas
retas e simples, na ampla área envidraçada e na frente uniformizada aos
Opels maiores.
Continua
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