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Menor carro da GMB, o primeiro Corsa ficará na história como um dos maiores sucessos nacionais no segmento dos pequenos


Texto: Fabrício Samahá
Fotos: divulgação
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A Opel, fundada em 1862 por Adam Opel e subsidiária da General Motors desde 1929, tinha no Kadett seu modelo de entrada desde antes da Segunda Guerra Mundial (leia história). Contudo, as dificuldades de tráfego e de estacionamento na Europa e o crescente preço do combustível, no final da década de 70, levaram-na a ver espaço no mercado para um carro ainda menor.

A receita básica seria a mesma já adotada por marcas concorrentes nos últimos anos, como a Volkswagen com o Polo e a Ford com o Fiesta: motor transversal, tração dianteira, carroceria hatchback de três e cinco portas, pouco mais de 3,5 metros de comprimento. Uma nova fábrica em Zaragoza, Espanha, foi construída para fabricá-lo, e a palavra italiana para corrida, que transmitia uma impressão de dinamismo, escolhida como seu nome: Corsa.

A primeira geração do Corsa, lançada em 1983: um hatchback menor que o Kadett, com três ou cinco portas, linhas retas e econômicos motores de 1,0 a 1,5 litro

O pequeno carro da marca de Rüsselsheim, pequena cidade próxima a Frankfurt, Alemanha, veio ao mundo em 1983. Compacto, repetia em grande parte as linhas retas e modernas da geração D do Kadett, lançada três anos antes, mas a traseira trazia um corte abrupto que o deixava menor. A ampla área envidraçada permitia boa visibilidade e o pára-choque traseiro envolvia a saia, enquanto o dianteiro tinha continuidade na grade. Tudo bem de acordo com as tendências de seu tempo.

Além de Polo e Fiesta, numerosos outros modelos competiam no mesmo segmento, como o Renault 5, o Fiat Uno e o Peugeot 205 (a partir de 1984). Mas a Opel era a única a oferecer também versão de três volumes e duas portas -- embora não tenha feito o mesmo sucesso do hatch na maioria dos mercados. A linha de motores contava com os econômicos 1,0, 1,2, 1,3 e 1,4-litro a gasolina e o 1,5 a diesel.

A versão GTE foi a primeira esportiva da linha, com motor de 1,6 litro e 100 cv, ainda a carburador. A chegada da injeção em 1990 mudaria a sigla para GSi

A versão SR 1,3 logo conquistava os europeus pelo acabamento esportivo, com bancos "tipo Recaro", e o bom desempenho do motor de 72 cv, o único da gama com cabeçote de fluxo cruzado e câmbio de cinco marchas. Esse perfil seria acentuado anos depois pelo esportivo GTE, com motor 1,6 de 100 cv.

Em 1990 o Corsa recebia retoques externos e internos, sendo o GTE renomeado GSi com a adoção de injeção eletrônica. Aparecia também o motor 1,5 turbodiesel. Dois anos depois o SR passava a SRi, com cilindrada elevada para 1,4 litro, injeção e a mesma suspensão do GSi. Na Inglaterra o carro era vendido sob a marca Vauxhall, como todos os Opels, e com o nome Nova, impensável em seu país de origem: poderia ser lido como "no-va", ou "não vai" em espanhol, e interpretado como de fraco desempenho...

A versão de três volumes era uma opção rara no segmento dos pequenos europeus. Curiosamente não foi desenvolvida para a segunda geração, a não ser no Brasil

A segunda geração   A primeira geração durou nada menos que 10 anos. Assim, ao projetar seu sucessor a Opel tinha de ser ousada. O desenho do novo Corsa (nome agora extensivo ao Vauxhall inglês) coube à equipe Studio 6, chefiada pelo japonês Hideo Kodama, do centro de estilo da marca, e surpreendeu quando ele foi apresentado ao mundo, em fevereiro de 1993. Continua

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Data de publicação deste artigo: 24/8/02

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