 |
|
Nissan
March S 1,0 16V Flex |
|
|
 |
|
3,59 m |
77/80 cv |
R$ 38.150* |
|
|
|
|
Depois de anos com poucas e esporádicas novidades — um novo Gol aqui, um
novo Uno ali —, o segmento de compactos com motor de 1,0 litro do
mercado nacional ganha, de uma só vez, dois importantes lançamentos de
marcas orientais. Um
representa a estreia do fabricante japonês nessa categoria; o outro, embora
substitua a antiga geração já à venda aqui pelos sul-coreanos, traz tantas melhorias que vale
como um recomeço.
De um lado está o Nissan March, trazido do México sem Imposto de
Importação; de outro, o Kia Picanto de segunda geração, feito na Coreia do Sul e por isso
penalizado duas vezes — recolhe tal imposto e, a partir de 16 de
dezembro, passa a sofrer uma alíquota maior em 30 pontos percentuais do
IPI, Imposto sobre Produtos Industrializados. Até lá, mesmo tendo de recolher um tributo que o onera em 35%,
a Kia oferece um preço competitivo.
A versão básica do Picanto custa no momento R$ 38.150 mais frete (9%
mais que no lançamento, reflexo da alta do dólar), mas vem com maior
conteúdo de série que o March em segunda versão (S) como o avaliamos, que sai a R$ 35.054 com frete incluso.
Os valores eram ainda mais próximos antes do aumento promovido pela Kia,
pois seu carro custava R$ 34.900. A relativa proximidade de preços, ainda que temporária,
confirma o fato de que eles sejam adversários diretos nos quatro "Ps"
que norteiam nossos comparativos.
Em proposta de uso, ambos são hatches pequenos de cinco
portas e cinco lugares que sugerem o uso urbano acima de tudo, já que
suas dimensões e cilindrada não os tornam tão adequados a viagens
familiares, embora possam fazê-las com alguma limitação. Em porte,
o March supera o Picanto por certa margem: 18 centímetros em comprimento e
6,5 cm em
distância entre eixos, o que não chega a afastá-los do mesmo segmento de mercado. E
as potências dos motores flexíveis de quatro válvulas por
cilindro são bem próximas, com 3 cv a mais para o Kia no caso do uso de
gasolina e 6 cv quando se roda com álcool.
Vale a pena correr para comprar o sul-coreano antes que o novo IPI entre
em vigor, ou o nipo-mexicano é a melhor opção e ficará ainda mais depois
que o imposto subir? Após algumas páginas teremos a resposta.

|