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Acerto de suspensão e pneus levam a diferentes comportamentos: o March (à esquerda) parece mais macio, mas sente mais os grandes impactos

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Carro novo, velho motor: a Nissan aproveitou a unidade da Renault (em cima), ao passo que a Kia elaborou um novo e moderno três-cilindros

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Faróis de refletor único vêm nos dois carros; o Picanto (embaixo) traz ainda unidades de neblina e repetidores laterais das luzes de direção

Muitas semelhanças até aqui? Então vamos à suspensão, que, embora use os mesmos conceitos nos dois, obtém resultados diferentes. O Picanto mostra uma calibração típica dos bons carros europeus, com molas macias "amarradas" por amortecedores de carga alta. Com isso, absorve bem as oscilações maiores, mas copia mais aquelas de pequena monta, o que alguns podem interpretar como menor conforto. Seu comportamento dinâmico é muito bom, com fácil controle e respostas precisas ao volante, para o que concorrem os pneus Kumho de perfil baixo, medida 165/60 R 14.

No March o acerto mais suave em amortecedores, ajudado pelo perfil bem mais alto dos pneus (165/70 R 14), deixa-o confortável em pisos irregulares. Contudo, as molas mais duras (em especial na traseira) cobram seu preço: emendas do piso e juntas de pontes, por exemplo, o fazem saltar, enquanto o concorrente as transpõe com suavidade. A favor do Nissan está a aptidão para lombadas, enquanto o Kia as sente mais e chega a fazer ruído de fim de curso dos amortecedores, pela ausência de batente hidráulico. Sua boa estabilidade sofre um pouco pelos pneus altos da marca chinesa Maxxis, que não mostram a aderência desejada.

Embora os freios estejam bem dimensionados nos dois modelos e usem discos ventilados nas rodas dianteiras, as versões avaliadas não contam com sistema antitravamento (ABS), que só a Kia oferece em pacote superior.

Os carros equivalem-se na iluminação dos faróis principais, de refletor único por lado, mas o Picanto vem com unidades de neblina (apenas dianteiras) e repetidores laterais das luzes de direção — falta lamentável no March, até porque a posição das luzes nos faróis impede sua visualização de lado. Nenhum traz luz traseira de neblina ou ajuste elétrico do facho dos faróis. A visibilidade é boa em qualquer ângulo nos dois, com certa restrição na traseira pelas colunas largas.

Nas versões avaliadas o conteúdo de segurança passiva inclui bolsas infláveis frontais de série (o Kia ainda pode vir com bolsas laterais dianteiras e cortinas), mas faltam ao March o cinto de três pontos e o encosto de cabeça para o passageiro central do banco traseiro, presentes no adversário. Nenhum traz fixação Isofix para cadeiras infantis.

Comentário técnico
> Denominado Kappa, o motor do Picanto é novo para essa segunda geração. A configuração de três cilindros, embora pareça incomum para nós, tem sido frequente na classe de 1,0 litro na Europa, como o Smart Fortwo e o novo Volkswagen Up!. E tem uma razão técnica: manter a cilindrada unitária (ou seja, por cilindro) dentro da faixa ideal entre 300 e 500 cm3, o que não acontece com os quatro-cilindros de mesma cilindrada (250 cm3 por cilindro).

> A unidade Kia tem concepção moderna, com bloco e cabeçote de alumínio, quatro válvulas por cilindro e duplo comando com variação do tempo de abertura das válvulas. Para acionar o comando é usada corrente metálica, livre de manutenção e mais confiável que a correia dentada do adversário.

> A publicidade inicial da Nissan destacava que seu carro é novo em um segmento com modelos antigos, mas a marca tem o telhado de vidro: o motor de 1,0 litro do March é o bem conhecido que equipa desde 2001 o Renault Clio e já esteve no Peugeot 206.
Embora não possa ser considerado ultrapassado, usa técnicas menos eficientes como bloco de ferro fundido (mais pesado e inferior em dissipação de calor que o alumínio) e comando sem variação. Como curiosidade, esse motor tem uma só árvore de comando para acionar as quatro válvulas por cilindro, um arranjo raro, também presente em algumas unidades da Honda.

> Qual motor tem a taxa de compressão mais alta e adequada para uso de álcool: o Renault, feito no Brasil por um fabricante instalado aqui desde 1999, ou o Kia, produzido na Coreia do Sul por uma marca que só há pouco teve experiência com carros movidos pelo combustível vegetal? A resposta óbvia não é a correta. Enquanto o March lida com a baixa taxa de 10:1, que dificulta a eficiência com álcool, o Picanto vai a interessantes 12,5:1, sinal de capricho da marca na busca por melhores desempenho e consumo.

> As suspensões seguem a fórmula bem conhecida dos compactos nacionais: dianteira McPherson e traseira por eixo de torção. Saiba mais sobre cada tipo de suspensão.

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