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O painel do March inclui computador de bordo, mas usa marcador de combustível digital; o porta-malas de 265 litros abriga estepe integral

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No Picanto os instrumentos são mais elaborados e também não existe termômetro; seu porta-malas leva 292 litros e traz estepe temporário

Algumas ausências são notadas em ambos: ajuste da ancoragem superior dos cintos dianteiros, alarme com proteção por ultrassom, luz na parte traseira da cabine e faixa degradê no para-brisa (agravada no March pela região acima do retrovisor interna em pintura serigrafada, que deixa entrar o sol frontal).

Os dois têm rádio/toca-CDs (de série no Picanto) que lê arquivos MP3 e traz conexões USB e auxiliar, mas o do Kia é bem melhor em utilização, com botões amplos e inscrições bem legíveis, além de vir com cabo para conexão de Ipod. O do March, do mercado de acessórios, quase requer lupa para entender as funções e os confusos menus. A qualidade de áudio não satisfaz em nenhum deles, mas no Kia chama atenção o contraste entre a boa posição dos alto-falantes dianteiros, sobre o painel — trazem ótima sensação de palco —, e a pobreza do conjunto em termos de sons graves.

Há espaço interno equivalente nos bancos dianteiros, bom para cabeça e razoável em largura. Atrás, porém, o March mostra-se superior ao acomodar dois adultos de média estatura com maior espaço para pernas, cabeças e ombros. O Picanto é mais limitado, mas não chega a ser desconfortável. Em qualquer um deles, três passageiros sofrem um bocado pela pequena largura interna, mas uma criança ao menos encontra posição confortável na posição central do Kia. O Nissan usa um encosto mole ao extremo nessa região, o que causa cansaço em pouco tempo.

A capacidade de bagagem informada do Picanto, 292 litros, supera a do March (265), mas no exterior a sul-coreana divulga apenas 200 litros
é provável que o método de medição usado para chegar ao maior volume não seja o mais usual por aqui. O Kia tem banco traseiro bipartido 60:40, incluindo assento, mais prático que o inteiriço do oponente. As tampas são destravadas em conjunto com a trava central das portas, o que julgamos ideal, e há acabamento similar nos compartimentos. Preferível no March é o estepe em tamanho normal, com pneu igual aos outros; o adversário usa o tipo temporário, bem estreito e com limitações de uso.

Ao lado da peculiaridade de ter apenas três cilindros — um dos dois carros de 1,0 litro hoje no mercado, sendo o outro o Smart Fortwo —, o motor do Picanto tem características mais modernas, como variação do tempo de abertura das válvulas e bloco também de alumínio (saiba mais sobre técnica). Com isso, obtém vantagem em potência e equilíbrio em torque: 77/80 cv e 9,6/10,2 m.kgf ante 74 cv e 10 m.kgf (sempre na mesma ordem, gasolina/álcool) da unidade Renault que equipa o March.

Os dois motores têm funcionamento suave, o que surpreende no caso do Kia, em que alguma aspereza seria esperada pelos três cilindros. Os coreanos fizeram aqui um trabalho brilhante, pois só abaixo de 2.000 rpm se nota alguma vibração, parecida com a de motores comuns quando forçados em rotação muito baixa (curiosamente, se seguir a indicação da luz de troca de marcha, o motorista cairá com frequência a essa faixa após as mudanças). Dali até o limite ao redor de 6.500 rpm, o motor do Picanto gira macio e emite um leve ronco de escapamento que transmite esportividade. Manter regimes como 5.000 rpm no uso rodoviário não leva à sensação de esforço, o que leva a pleno aproveitamento de seu potencial.

O do March é bom em termos de vibrações, mas não de ruídos. Aqui, mais uma vez, a Nissan em nada evoluiu em relação ao habitual nos carros nacionais de entrada: o motor é barulhento e torna incômodo manter certa velocidade, como 120 km/h, por trajetos mais longos, embora o câmbio não seja mais curto que o do concorrente (ambos ficam próximos de 4.000 rpm a tal velocidade). Embora não haja nele o funcionamento estranho que o Kia apresenta abaixo de 2.000 rpm, dificilmente se consegue usar regime tão baixo por falta de potência.

E qual anda mais? A simulação do Best Cars apontou equilíbrio em acelerações e retomadas, com vantagem para o Picanto em velocidade máxima. Não menos importante é o consumo, item em que ambos foram bem, mas o sul-coreano ainda melhor (veja os resultados).

Os câmbios dos dois mostram comando leve e preciso, além de usarem o melhor arranjo para engate da ré — sem anel-trava ou outro bloqueio redundante, já que existe trava interna contra o engate involuntário. Outro ponto alto de ambos é a assistência elétrica de direção, que traz vantagens sobre a hidráulica, comum nos nacionais da classe: são leves ao extremo em baixa velocidade e ganham peso correto em alta. Contudo, seria melhor no Picanto se continuasse um pouco mais macia na faixa de 60 a 100 km/h.

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