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3,84 m |
113/115 cv |
R$ 50.367 |
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Há 10 anos ou pouco mais, carro pequeno e esportivo era coisa séria no
Brasil. Tínhamos o Corsa GSi, em
plena sintonia com o mercado europeu; o
Gol GTI 16V, projeto nacional com desempenho de classe mundial; e o
Uno Turbo, mais antigo, mas de
comportamento arisco e muita potência. Então começaram as pressões —
seguro caro, baixo valor de revenda — que levaram ao desinteresse do
mercado e ao fim dos hot hatches tupiniquins.
Em 2005 a Fiat ensaiou um retorno com o Palio 1.8R, que vai além da
maquiagem visual, única diferença do Corsa SS para as demais versões de
1,8 litro (fora eles resta o Ka XR, em fim de carreira). Mas é pouco diante do que se tem feito no exterior, em
particular na Europa, onde a categoria já se aproxima dos 200 cv em
várias marcas (veja um panorama).
E, para tornar esse contraste mais claro, um representante da classe no
Primeiro Mundo desembarcou por aqui há alguns meses: o Polo GTI, trazido
pela Volkswagen em pequena série de 50 unidades por ano.
Penalizado pelo Imposto de Importação de 35%, ele não poderia mesmo
chegar a preço competitivo com o do nacional 1.8R. O GTI custa R$ 99,5
mil
em pacote único, contra R$ 50,3 mil do Palio de três portas com todos os
opcionais, como o avaliamos. Portanto, para pôr as mãos no importado
paga-se quase o dobro. Uma diferença que invalida qualquer comparação,
certo?
Errado. Confrontos não servem apenas para definir a melhor compra dentro
de uma faixa de preço: também devem mostrar o espaço que nos separa do
mundo desenvolvido, e este é um caso típico. São dois carros similares
em porte e proposta, mas distantes em preço e
também em potência — 150 cv no VW, 115 cv no Fiat. Não importa se
seu bolso alcança qualquer um deles, só o mais barato ou nenhum: você
quer saber como estamos diante dos europeus, e nós também. Por isso,
vire a página. Continua
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