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O 1.8R perdeu espaço de bagagem e ganhou altura do solo com a adoção de rodas de 15 pol; o motor flexível de 115 cv (a álcool) entrega força desde baixa rotação

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O porta-malas do GTI equivale ao do Palio, mas não o desempenho do motor 1,8 turbo de 150 cv, que a 2.000 rpm está "cheio"; as rodas de 16 pol têm ótimos pneus

Mecânica, comportamento
e segurança

Os motores têm elementos em comum, como a cilindrada aproximada (1,8 litro) e o aumento de potência da ordem de 40% a 45% em relação à versão não esportiva (de 1,4 litro no caso do Palio, pois não existe mais o HLX 1,8). De resto, o do Polo tem muito mais recursos: duplo comando, cinco válvulas por cilindro em vez de duas, turbocompressor e resfriador de ar (saiba mais sobre técnica). Só não é flexível em combustível, naturalmente.

Igual ao do Golf GTI nacional de alguns anos atrás, o motor do VW desenvolve potência de 150 cv e torque máximo de 22,5 m.kgf, vantagens de 30% e 22%, na ordem, sobre os 115 cv e 18,5 m.kgf conseguidos pelo Fiat com uso de álcool. É menos que o esperado diante de tudo o que ele traz, o que denota o bom estágio de desenvolvimento do propulsor do concorrente, fornecido pela GM.

O que surpreende mesmo no GTI é a rapidez com que entrega potência: quase não existe retardo de atuação do turbo, de modo que o torque máximo chega logo a 1.950 rpm e se mantém até 4.500 rpm. A 120 km/h em quinta, por exemplo, o motor está a apenas 3.200 rpm, mas basta afundar o pé no acelerador para sentir o corpo colar no banco. Mesmo com importantes 139 kg a mais que o Palio e câmbio mais longo, seu desempenho impressiona — e vicia.

Contribui muito para a agradável sensação a escolha por um motor "vocal", em que os sons de aspiração e escapamento estão sempre presentes, com a ajuda do pouco revestimento absorvente. Dada a partida, o ronco em marcha-lenta já indica algo especial. Com acelerador a fundo em média rotação, na faixa de 3.000 rpm, o ruído do ar sendo empurrado para os cilindros é tão intenso que pode até incomodar. Mas, entendida a proposta do carro, torna-se puro prazer.

À medida que os giros crescem, o som agrada cada vez mais — e o corte de alimentação só atua a 7.000 rpm, 1.200 acima do regime de potência máxima. O mais interessante é que o botão do volume está embaixo do pé direito: o motorista escolhe o quanto quer ouvir, pois ao acelerar menos ou usar uma marcha mais alta o desempenho diminui pouco. Na estrada é possível trafegar em silêncio, mesmo em regimes mais altos (a 160 km/h são 4.300 rpm em quinta, por exemplo), desde que o acelerador seja pressionado só o necessário.

E quanto ao Palio? Dentro do que se espera de 115 cv com aspiração natural, o motor é bem disposto em baixa rotação e traz agilidade em qualquer situação de uso, mas falta o "tempero auditivo" que sobra no Polo. Há apenas algum ronco em média e alta rotação e, nas acelerações, uma incômoda ressonância na faixa de 2.500 rpm que faz vibrar peças de acabamento — estranho, já que este motor ficou bem mais suave com a reformulação na linha 2006. Se o 1.8R conquista, não é pelos ouvidos.

Talvez seja pelo desempenho. A simulação do Best Cars (veja os dados e a análise detalhada) indicou maior proximidade ao Polo do que a diferença de potência faria esperar, no que concorre o menor peso do Palio. Ele ficou a cerca de dois segundos do GTI na aceleração de 0 a 100 km/h e até o venceu nas retomadas. Só não poderia ficar mais perto em velocidade máxima, que é 20 km/h menor. Em contrapartida, consome menos.

Os fãs do 1.8R, no entanto, não devem comemorar tão já. O que mais diferencia estes carros não é o desempenho, mas o conjunto. Se o Polo parece ter nascido para lidar com 150 cv, seu oponente já se mostra pouco à vontade com 115. Continua

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