Prontos para o dia-a-dia

Ágeis e econômicos, estão na medida para o trânsito.
E qual o melhor? É o que veremos em detalhes

Existe uma parcela considerável de compradores de automóveis que não precisa de motor potente, quatro portas, amplo porta-malas ou mesmo espaço no banco traseiro. São aqueles que, tendo ou não outro(s) veículo(s) na família, rodam quase todo o tempo sós ou a dois e no trânsito urbano. Para esses, modelos como Celta e Ka são opções mais que suficientes.

A recente remodelação traseira do Ka, em novembro, trouxe algum apelo de novidade a um carrinho ainda atual, apesar dos quatro anos de vida. Já o Celta, mesmo incorporado à paisagem de nossas cidades, conserva o charme de um lançamento recente e na linha 2002 recebeu novo pacote Super de opcionais.

Três portas e motor 1,0 de oito válvulas são -- à parte o esportivo Ka XR 1,6 -- as únicas opções para ambos, mas eles podem ganhar conforto e conveniência com uma série de equipamentos (veja relação e preços). Uma boa briga entre as arqui-rivais Ford e General Motors.

Concepção e estilo   O Ka foi lançado no Salão de Paris em setembro de 1996 e, apenas cinco meses depois, já estava no mercado nacional. Projetado sobre a plataforma do Fiesta, da qual mantém a distância entre eixos, é dos menores carros nacionais -- com 3,62 metros de comprimento, supera apenas o Mercedes Classe A. A reestilização traseira é exclusiva do Brasil, onde o visual anterior foi até motivo de piadas por muito tempo.

O Celta também nasceu com base em um hatchback europeu, o Corsa de segunda geração, mas foi desenhado aqui mesmo -- é o primeiro automóvel 100% GMB, pois todos os demais haviam sido trazidos, em menos em parte, da Opel alemã. Pouco maior que o Ka (3,75 metros), chegou ao mercado em setembro de 2000 e vai permanecer como alternativa mais acessível quando vier o novo Corsa, em março.

Os dois possuem elementos de estilo interessantes. No Ka, a combinação de linhas por toda a carroceria, como as luzes de direção que parecem complementar a grade e as lanternas traseiras recortadas pela linha do pára-choque -- um detalhe mantido apesar das luzes mais amplas agora adotadas. Grade maior, pára-choques remodelados e placa traseira mais elevada, montada na terceira porta, completam o conjunto de modificações.

É curioso como as novas lanternas do Ka -- enfim com lente transparente, cujo emprego nos faróis ele próprio introduziu no Brasil -- lembram as do Celta, cujos destaques são os vincos laterais e a moldura superior das portas, inspirada no cupê Tigra. Embora não sejam a última palavra no segmento, ambos estão bem inseridos no contexto atual e têm condições de continuar agradando por algum tempo. A decisão por um ou outro estilo, no entanto, é estritamente pessoal. Continua