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Esse XR é um Kanhão!

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O alto torque do motor Zetec Rocam 1,6 faz maravilhas
no pequeno e leve Ka XR, novo esportivo da Ford

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Desde seu lançamento europeu, no Salão de Paris de 1996, havia quem reivindicasse um motor mais potente para o Ford Ka. À época a marca já dispunha, na Europa, do Zetec 1,25 16V de 75 cv -- da mesma família do 1,4 16V de 88 cv que aqui equipava o Fiesta. A Ford chegou a usar este último num Ka vendido no Japão, com câmbio automático Mazda, mas europeus e brasileiros continuaram aguardando.

Rodas de 14 pol, saias laterais e spoiler traseiro -- responsável por um ganho de 7 km/h -- são as principais identificações externas do XR, um Ka muito mais disposto e divertido de dirigir Clique para ampliar a imagem

Nosso modelo 2000, como se sabe, abandonou os arcaicos motores Endura-E de 1,0 (53,5 cv) e 1,3 litro (60 cv) em favor do Zetec Rocam 1,0 de 65 cv: ganho significativo, mas permaneceu a vontade de acelerar o carrinho, de excelente comportamento dinâmico, com a versão 1,6 de 95 cv do novo motor. A Ford finalmente atendeu às preces com o Ka XR, versão esportiva que chega às concessionárias no início de maio, trazendo novo alento ao modelo -- que a marca vinha desprezando ao concentrar esforços no Fiesta.

A sigla foi utilizada por anos nos Fords de melhor desempenho, como o Fiesta XR2, o Sierra XR4 e -- também no Brasil -- o Escort XR3. Além dos logotipos XR nas laterais e 1.6 na traseira, o novo Ka é facilmente reconhecido pelas largas saias entre eixos, spoiler traseiro, rodas de 14 pol (de desenho similar às do cupê Puma) com pneus 185/60 e duas tomadas de ar ladeando a placa no pára-choque dianteiro. Embora menos arrojado que o oferecido na Europa (saiba mais), o conjunto agrada, mas deveria haver um spoiler frontal.

A sigla remete ao saudoso Escort XR3, sucesso dos anos 80 e 90. O painel aloja
um conta-giros com faixa vermelha, que a Ford não vinha usando, mas falta termômetro

Por dentro as formas se mantêm, mas com novos detalhes. O diminuto painel conseguiu acomodar à esquerda do velocímetro um pequeno conta-giros, com faixa vermelha que a Ford não usa em outros modelos (continua faltando o termômetro do motor). O volante tem revestimento perfurado na região de pega, conservando o desenho nada esportivo de dois raios baixos. Parte do painel e do pomo do câmbio têm cor prateada e o revestimento é mais alegre, embora menos requintado que o do GL Image. Como na parte externa, nada realmente radical.

Alojar o motor maior e mais potente no cofre do Ka exigiu extensas modificações: longarinas do chassi apropriadas (por causa delas o motor não pode ser removido por cima), radiador com o dobro de aletas (o 1,6 gera mais calor que o 1,0), relações de marcha reestudadas, escapamento todo novo, freios dianteiros a disco ventilado e suspensão mais firme, além de rodas e pneus mais largos (são 165/70 R 13 no Ka 1,0). O peso total do carro, porém, subiu apenas 19 kg em relação à versão GL Image, passando a 930 kg.

O motor maior e 30 cv mais potente exigiu amplas modificações na estrutura, mas o resultado foi dos melhores: o Ka ficou muito ágil e mantém a tradicional estabilidade

Mas vamos ao que o leitor quer saber, que é como anda o XR. E como anda! Se no Fiesta os 95 cv de potência e os bem distribuídos 14,2 m.kgf de torque já permitem um dirigir agradável, no Ka -- bem mais leve -- a esportividade é evidente já no primeiro contato. No autódromo de Interlagos e região, onde a Ford o apresentou à imprensa, o carrinho mostrou estimulante aceleração através das marchas, temperada pelo som mais encorpado do escapamento. Este, contudo, é bem audível a 100 km/h constantes e pode incomodar em longos percursos. Continua

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