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Para fazer sorrir

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Simpático em seu estilo nostálgico, o Fiat 500 Sport desperta sorrisos
também no motorista com o motor alegre e o comportamento saudável

Texto e fotos: Fabrício Samahá

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Não importa o ângulo, o 500 expressa simpatia mesmo para quem não conheceu o modelo original, sucesso de quatro milhões de unidades

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No interior, painel que lembra os de chapa e alavanca de câmbio bem à mão; o revestimento em couro é refinado, e o espaço, bastante escasso

A proposta de oferecer estilo e algum requinte ao transporte pessoal, bem recebida no mercado europeu há tempos, praticamente fez sua estreia no Brasil no ano passado com os lançamentos do Fiat 500, do Mini da BMW e do Smart Fortwo produzido pelo mesmo grupo dos Mercedes-Benz. Os três são carros compactos com projeto moderno, desenho de forte identidade, motores de alto rendimento para sua cilindrada e boa dotação de itens de segurança, fatores que — associados ao Imposto de Importação de 35% — se refletem em altos preços, comparáveis aos de carros bem maiores e mais potentes. De fato, se analisados pela relação custo-benefício, os três devem ser preteridos por modelos mais convencionais. Mas isso seria desconsiderar o apelo visual que suas linhas charmosas possuem — e a atenção que chamam nas ruas, fazendo-os ideais para quem busca esse resultado ao comprar um automóvel.

Aspectos emocionais à parte, o Cinquecento (grafia em italiano do número 500 que o identifica) parece o mais racional dos três: oferece pouco menos espaço e desempenho que o Mini em versão de entrada por um preço levemente superior ao do Smart, que é claramente mais limitado naqueles dois aspectos. A versão que avaliamos, de acabamento Sport e caixa manual de seis marchas, custa R$ 63.860 e passa a R$ 71.525 com o único pacote de opções disponível, o Sport Full, composto de teto solar com controle elétrico, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisor interno fotocrômico, bancos revestidos em couro preto e rodas de alumínio de 16 pol com pneus 195/45. Poderia ainda vir com o câmbio manual automatizado Dualogic de cinco marchas por mais R$ 4.120. A versão Lounge acrescenta controle automático de temperatura do ar-condicionado e teto fixo de vidro (também com opção pelo solar), além de detalhes externos e internos mais conservadores.

A primeira coisa que se pode dizer sobre o 500 — mais que seja bonito, uma avaliação bastante pessoal — é que é muito simpático e charmoso. Não há quem não olhe com um sorriso para sua carroceria arredondada, que repete as formas do conceito Trepiùno do Salão de Genebra de 2004 — cujo nome significava "três mais um" em italiano, alusão ao interior com três lugares normais e espaço para mais uma criança atrás do motorista. Do modelo 500 de grande sucesso feito entre 1957 e 1975, que somou 3,9 milhões de unidades, ele mantém o perfil arredondado e muitos elementos de estilo, como o ressalto na região da frente onde estaria a grade (inexistente porque o original tinha motor traseiro; como agora ele está na frente, a tomada inferior admite ar para o radiador) e onde são aplicados "bigodes" cromados. Maçanetas, faróis e lanternas traseiras são claramente inspirados nos do carro de meio século atrás. Embora muito maior que aquele 500 ou que o próprio Trepiùno, o novo carro ainda é bem pequeno para os padrões de hoje, com apenas 3,54 metros de comprimento e 1,62 m de largura; já a altura supera a de vários pequenos atuais com 1,49 m.

O jeito nostálgico está também no interior, em que a seção do painel pintada na cor da carroceria lembra os tempos em que se usava metal nesse componente; também as maçanetas e os botões de comando remetem ao passado. O revestimento em couro da grife Poltrona Frau dá o toque luxuoso ao ambiente compacto, que usa materiais de aspecto apenas regular, ao mesmo nível dos empregados no Punto. Uma crítica vai para os painéis de porta em plástico duro, que decepciona em um carro com tanta criatividade — e com esse preço. Por outro lado, há boas soluções como a alavanca de câmbio em um console elevado junto ao painel (mais próxima do volante) e o quadro de instrumentos concêntricos. O grande velocímetro traz dentro de si o conta-giros, que recebe um módulo digital com os marcadores de combustível e temperatura, relógio, indicador da temperatura externa e informações do computador de bordo (com duas medições e que pode informar consumo em nosso padrão de km/l, se assim configurado). Fora de tudo isso vêm as luzes-piloto.

O resultado é um conjunto compacto, coerente com a proposta, e com leitura satisfatória de todas as indicações. O motorista encontra boa posição com os ajustes do banco (o de altura feito por alavanca no lado interno, por falta de espaço no oposto) e do volante revestido em couro (regulável apenas em altura; deveria ser em distância), mas o espaço vertical é um tanto limitado para os mais altos. Além disso, os encostos de cabeça são os mais duros que já avaliamos, o que causa estranheza. O volante de três raios tem ótima pega e traz comandos de áudio e telefone celular (que usa interface Bluetooth e comandos de voz). Poderiam melhorar os controles elétricos dos vidros, montados junto à alavanca de câmbio (preferimos nas portas) e não dotados de temporizador, embora haja função um-toque para o lado do motorista e para descer o outro vidro. Continua

 

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Data de publicação: 25/5/10

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